CTI da Santa Casa de Arcos está em funcionamento com requisitos mínimos

Em comunicado assinado no dia 3 de outubro, o provedor da Santa Casa de Arcos, Ivan Fontes, informou o início das atividades do Centro de Terapia Intensiva (CTI). 

Consultado pelo CCO sobre a solenidade de inauguração, o diretor administrativo do hospital, Carlos Magno, respondeu que não foi realizado ato solene por conta da vedação legal para tais ações, durante o período eleitoral. A Santa Casa, no entanto, emitiu comunicado, informando oficialmente sobre o início das atividades do CTI.

Profissionais

Ao falar sobre a estrutura do CTI em recursos humanos, Carlos Magno esclareceu que a Santa Casa de Arcos, desde o início do projeto, seguiu rigorosamente a RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) 07 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de 24/02/2010, que define os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e, segundo ele, toda a equipe está completa.

Pela Resolução, há exigência de um responsável técnico médico, um enfermeiro para coordenar a equipe de enfermagem, um fisioterapeuta (coordenador da equipe de fisioterapia), além de uma equipe multiprofissional, legalmente habilitada.
A resolução ainda prevê, com atuação exclusiva no CTI, no mínimo, os seguintes profissionais: médico diarista/rotineiro, com título de especialista em Medicina Intensiva; médicos plantonistas; enfermeiros assistenciais; fisioterapeutas e técnicos de enfermagem.
Para a área administrativa e de serviços gerais, o CTI deve contar com auxiliares administrativos e funcionários exclusivos para serviço de limpeza da unidade.

Carlos ressalva: “Diante do exposto, foi necessário contratar 57 profissionais para o CTI Santa Casa de Arcos, sendo 46 contratações via CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e 11 profissionais via pessoa jurídica.
O diretor administrativo da Santa Casa relatou que o Dr. Fabrini Garcia Leão Vidal é o Médico Responsável Técnico; Dr. Luís Fernando Correia e Silva está ocupando a posição de médico horizontal; Drª Jennifer Caravelli Ventura Perdigão e Dr. Carlos Eduardo de Morais, Medicina Intensiva; Dr. Márcio Pereira da Costa Junior, especialista em Cirurgia Vascular.

Contratações 

“Todos os candidatos para definição da equipe multidisciplinar passaram por processo seletivo criterioso, composto por análise de experiencia profissional, testes técnicos e comportamentais e entrevistas presenciais” – explicou o diretor, esclarecendo que o Setor de RH da Santa Casa conduziu todo o processo.
Para a contratação de médicos, a Santa Casa contou com o apoio e expertise do Dr. Fabrini Vidal, que, segundo Carlos Magno, possui notório conhecimento técnico e habilitação na gestão de serviços de terapia intensiva, possuindo RQE (Registro de Qualificação de Especialista) em Clínica Médica e Medicina Intensiva.

Funcionamento do CTI

As atividades iniciaram com 10 leitos, contando com um leito de isolamento destinado à separação e tratamento adequado a pacientes com doenças infectocontagiosas.

Carlos Magno complementou informando que até quarta-feira, dia 09, o CTI da Santa Casa havia recebido seis pacientes: cinco de Arcos e um de Divinópolis. Na quinta-feira (10), ainda havia quatro pacientes internados.
O horário de visita é das 11h30 ao meio-dia e meia e das 20 às 20h30. No primeiro horário é repassado o boletim médico para o visitante/responsável pelo paciente e à noite são permitidos dois visitantes.

Custeio

O termo de aditivo ao contrato nº 167/2024, celebrado entre o Município de Arcos e a Santa Casa de Arcos prevê recursos da ordem de R$ 2.400.000,00 para o custeio do CTI por quatro meses, sendo R$600.000,00 mensais.
Segundo Carlos Magno, a Prefeitura já realizou o depósito de R$600 mil para início das atividades do CTI, restando o repasse das demais parcelas. “Para dar sequência, no próximo ano, após os quatro meses, o poder Executivo se comprometeu a incluir, no orçamento municipal de 2025, recursos para manutenção das atividades do CTI até sua habilitação junto ao Ministério da Saúde.