Prefeitura de Arcos não tem previsão de recursos para conceder novo piso dos professores

A Agência Brasil de Notícias publicou, ontem à noite (dia 16), que o ministro da Educação, Camilo Santana, assinou Portaria elevando o piso nacional dos professores para R$ 4.420,55, um reajuste de 15% em relação ao piso do ano passado, que era de R$ 3.845,63. 

O valor considera uma jornada de 40 horas semanais na “modalidade normal de ensino”. Ainda de acordo com a matéria, o piso nacional do magistério representa o salário inicial das carreiras do magistério público da educação básica para a formação em nível médio. 

Também é relatado que o piso do magistério deve ser corrigido todos os anos pelo crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, estabelecido pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Para 2023, o Fundeb estabelecia o reajuste de 15% no valor.

Na manhã de hoje (17), o CCO perguntou ao secretário municipal de Fazenda, Cleomar Silva, se o Município de Arcos concederá o reajuste para os educadores da rede municipal de ensino. Ele respondeu: “Vamos estudar. Não temos orçamento”.

Em 2022, Bolsonaro concedeu reajuste de 33.23% para professores da rede pública da educação básica. O CCO noticiou a manifestação de centenas de professores de Arcos, inclusive em frente à Prefeitura, no dia 16 de fevereiro, reivindicando o novo piso (fotos).

Também noticiamos, na edição de 26 de fevereiro, que os professores da rede municipal suspenderam as aulas, mas no terceiro dia de paralisação o prefeito Claudenir Melo (Baiano) decidiu iniciar uma negociação para adequar os vencimentos ao reajuste de 33,23%, oficializado pelo presidente Bolsonaro. O acordo foi para a adequação em duas "parcelas": reajuste de 7,81% em 30/04/2022; e novo reajuste em 30/09/2022, para finalmente chegar ao piso nacional de R$ 2.884,22 (carga horária de 30 horas).