Arcos: produção de bens e serviços cresceu 54% em 2021
Arcos: produção de bens e serviços cresceu 54% em 2021

A Fundação João Pinheiro (FJP) divulgou, no dia 15 de dezembro/2023, a série histórica com os números do Produto Interno Bruno (PIB) no Brasil referentes ao período de 2010 a 2021.
A Assessoria de Comunicação da Fundação informou ao CCO que a pesquisa mais recente, divulgada neste mês de dezembro/2023, faz referência ao ano de 2021. “Essa defasagem de dois anos equivale ao período necessário para a contabilização das bases de dados mais completas e abrangentes apresentadas por diversas pesquisas anuais realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, justificam.
O PIB refere-se à produção de bens e serviços. “É a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, em determinado período de tempo, geralmente em um ano [...]. Os bens e serviços finais que compõem o PIB são medidos no preço em que chegam ao consumidor. Dessa forma, levam em consideração também os impostos sobre os produtos comercializados”. Essas informações estão no link: https://www.cashme.com.br/blog/o-que-e-pib/, onde também é informado que é um equívoco dizer que o “PIB é o total da riqueza existente em um país”.
E o que é o PIB a Preços Correntes? “O Produto Interno Bruto corrente a preços de mercado (ou PIB a preços correntes) mede o valor adicionado total a preços de mercado, em moeda corrente, dos bens e serviços produzidos durante o ano” (Fonte: IBGE, citado em https://dadosabertos.bcb.gov.br/dataset/24115-produto-interno-bruto-corrente-a-precos-de-mercado-ref-2010---. Em síntese, “preço corrente” significa que os dados estão expressos em valores daquele ano.
Vamos aos números de Arcos
O PIB a Preços Correntes de Arcos, referente ao ano 2021 [dados mais recentes], superou os R$ 2,3 milhões, maior valor em comparação a todos os anteriores da série de 2010 a 2021. Em comparação a 2020, o crescimento foi de 53,9% (54%).
Nas tabelas enviadas ao CCO, verificamos que a principal atividade econômica em Arcos, de 2010 a 2020, está descrita como “Demais serviços”, que incluem: serviços de transportes, armazenagem e correio; alojamento e alimentação; informação e comunicação; intermediação financeira; aluguéis; atividades profissionais científicas, técnicas, administrativas e complementares; educação e saúde mercantil; artes, cultura, esportes e recreação e serviços domésticos. Já no ano 2021, a principal atividade econômica foi Indústria da Transformação.
Variação dos números do PIB a preços correntes de 2010 a 2021 em Arcos
Ao analisarmos a série histórica do PIB, números de Arcos, percebe-se que de 2010 até 2014 sempre houve crescimento de um ano para outro. Já em 2015 houve queda em comparação a 2014 e 2013. Em 2016 também houve queda em relação a 2015, 2014 e 2013. Em 2017 verifica-se crescimento em comparação ao ano anterior, mas o valor foi ainda menor que em 2015, 2014 e 2013. Em 2018 houve crescimento em comparação a anos anteriores, mas o número foi menor que em 2014 e 2013. No ano 2019, o crescimento superou todos os anos anteriores. Em 2020, caiu em comparação a 2019, mas foi maior que todos os anos anteriores da série. Em 2021, conforme mencionado acima, o crescimento superou todos os anos anteriores.
PIB per capita: divisão do PIB pelo número de habitantes
“O indicador [PIB per capita] representa a capacidade de geração de renda atribuída a cada pessoa de um determinado local”, de acordo com explicação publicada pela Superintendência de Imprensa do Governo de Minas Gerais.
O PIB per capita é a divisão do PIB pelo número de habitantes. Em Arcos (população de 41.416 pessoas), o PIB per capita em 2021 foi de R$ 57.713,61, maior valor desde 2010 (crescimento de 53% em comparação a 2020).
A título de comparação, em Oliveira – município com 39.262 habitantes, pouco menos que Arcos – o PIB per capita no mesmo ano foi R$ 26.318,88. Em Divinópolis, que tem 231.091 habitantes, foi R$ 34.355,36.
De acordo com Dados do IBGE/Economia (ano 2021), “na comparação com outros municípios do estado, Arcos ficava nas posições 72 de 853 entre os municípios do estado e na 703 de 5.570 entre todos os municípios. Já o percentual de receitas externas em 2015 era de 76,8%, o que o colocava na posição 632 de 853 entre os municípios do estado e na 4.081 de 5.570. Em 2017, o total de receitas realizadas foi de R$ 106.985,03 (x1000) e o total de despesas empenhadas foi de R$ 95.564,9 (x1000). Isso deixa o município nas posições 85 e 80 de 853 entre os municípios do estado e na 823 e 819 de 5570 entre todos os municípios”.
De acordo com divulgação da Superintendência de Imprensa do Governo de Minas Gerais, feita em 15 de dezembro, Catas Altas [5.473 habitantes] foi o município mineiro com o maior PIB per capita, com R$ 920.833,97. Ainda de acordo com a divulgação, o pesquisador da FJP, Thiago Almeida, explica que a indústria extrativa mineral (minério de ferro) predominou em seis dos dez municípios com o maior PIB per capita: Catas Altas, São Gonçalo do Rio Abaixo, Itatiaiuçu, Conceição do Mato Dentro, Itabirito e Nova Lima.
Arrecadação municipal (Prefeitura): em 2017 houve queda de R$ 6,1 milhões
A título de curiosidade, considerando a arrecadação municipal (Prefeitura), em 2020 foram mais de R$ 124,1 milhões arrecadados; em 2021, mais de R$ 146,8 milhões, o que representou crescimento de 18,3%. Já em 2022 foram arrecadados R$ 189,5 milhões, crescimento de 29% em comparação a 2021. Ao pesquisarmos a arrecadação municipal de 2010 a 2022 (13 anos), verificamos que em 2017 houve queda em comparação ao ano anterior (2016), no valor de mais de R$ 6,1 milhões (R$ 6.195.984,00. A arrecadação de 2018 foi superior à de 2017, mas inferior à de 2016. Já a partir de 2019, sempre tem apresentado crescimento. O ano de 2022, quando foram arrecadados mais de R$189,5 milhões, apresenta a maior arrecadação nos 13 anos.