Conscientização sobre o combate à Doença de Chagas

Neste ano, em menos de 4 meses completos, o Município de Arcos já coletou 4 barbeiros

Conscientização sobre o combate à Doença de Chagas
Foto: site bvsms.saude.gov.br

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais, por meio da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, está alertando sobre a importância do combate à Doença de Chagas.

Os dados foram enviados ao CCO pela Assessoria de Comunicação do Estado.  A cada ano, desde 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS) discute, no Dia Mundial da Doença de Chagas (14 de abril), questões sobre a doença para lembrar a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e tratamento oportuno. 

A população deve ficar atenta para identificação do principal hospedeiro do vetor da doença, que é o inseto popularmente conhecido como barbeiro.

Na macrorregião Oeste, os registros sobre a Doença de Chagas aumentaram nos últimos anos: oito em 2019; 10 em 2020, 17 em 2021 e 107 em 2022.

ARCOS

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, por meio da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, informou ao CCO que dois casos de Chagas crônica foram confirmados no Município no período de quatro anos: 2019 a 2022, sendo um em 2021 e outro em 2022, ambos do sexo masculino. Quanto à captura do inseto, não houve coleta de barbeiro no período de 2019 a 2022. Já neste ano de 2023, em menos de quatro meses completos, o Município já coletou quatro barbeiros.

Arte: Superintendência Regional de Saúde em Divinópolis

Na macrorregião de Saúde Oeste foram capturados 291 barbeiros no ano de 2022. Todos foram analisados e, do total, 29 (ou 9,97%) deram resultado positivo para Chagas. Noventa barbeiros estavam dentro das residências e 201 estavam nos arredores.

No interior das casas, o local predominante de captura é dentro de quartos; do lado de fora, dentro de galinheiros. Os municípios onde foram encontrados mais barbeiros foram Itapecerica, Piracema e Itatiaiuçu.

O que fazer quando encontrar um barbeiro 

Ainda na divulgação da Secretaria de Saúde do Estado, a referência do Grupo de Trabalho de Doenças de Chagas da macrorregião de Saúde Oeste, Nayara  Dornela Quintino, informa: 

“Os trabalhos de vigilância ativa são feitos regularmente em 41 municípios da macrorregião de Saúde Oeste a partir de visitas em unidades domiciliares com inspeção criteriosa. Também são realizadas ações de vigilância passiva com orientações e conscientização da população para ajudar na identificação de barbeiros. Quando encontrados, os insetos não devem ser mortos. Pelo contrário, devem ser guardados adequadamente e enviados para análise”.

É claro que, ao guardar o inseto, isso deve ser feito com os devidos cuidados para se proteger.

É preciso “aprimorar o olhar dos profissionais de saúde para a suspeição de casos de Doença de Chagas de pessoas que se infectaram no passado”

Foi em nossa região, Centro-Oeste de Minas, cidade de Bambuí, que foram feitos os primeiros estudos relacionados à doença de Chagas, que é endêmica no Brasil.  

Foram desenvolvidas várias ações junto à antiga Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para controle químico do barbeiro transmissor da doença de Chagas, na região, obtendo êxito. Mas, conforme consta na divulgado do Estado, observa-se a necessidade de “aprimorar o olhar dos profissionais de saúde para a suspeição de casos de Doença de Chagas de pessoas que se infectaram no passado”.

Acredita-se que de 1 a 2,4% da população tenha doença de Chagas crônica. Pacientes com Chagas que não apresentam nenhum sintoma representam 70% dos casos e são os que mais se beneficiam do uso do medicamento antiparasitário para tratamento da doença de Chagas. 

De acordo com estudos, o tratamento precoce pode evitar a progressão da doença e a diminuição na mortalidade.

O principal barbeiro transmissor é o Triatoma infestans, mas ainda há risco de transmissão vetorial por outros tipos de barbeiros.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Superintendência Regional de Saúde – Divinópolis. 

Sobre os sintomas e outras informações sobre a Doença de Chagas, leia em: https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-chagas-10/