Distrito Industrial: pelo menos 17 empresários aguardam abertura da licitação

Em janeiro passado, o CCO buscou informações sobre o Distrito Industrial Hilda Borges de Andrade, que foi criado em 17/12/2018 pela Lei Ordinária nº 2.923/2018, com o objetivo de proporcionar a geração de emprego e renda para Arcos. A área foi definida para instalar indústrias que estariam localizadas em áreas residenciais e para atrair novas empresas. O distrito está localizado junto ao pórtico da cidade, na extremidade norte, junto à MG-170, na saída para Lagoa da Prata.

Muito potencial aguardando

Kledson estima que mais de 200 empresas possam se estabelecer no distrito. No entanto, até agora, somente 19 estão estabelecidas ou em fase de implantação. Passando pela avenida, a construção parece estar em ritmo acelerado para alguns empreendedores.

A prefeitura prevê licitar sete lotes o mais breve possível. Segundo o secretário, apesar de que a previsão inicial fosse licitar em fevereiro, alguns lotes ainda dependem de liberação para integrarem o procedimento.

Para os sete lotes, Kledson informa que há por volta de 17 interessados. Alguns pleiteiam uma ampliação para suas instalações, o que só pode acontecer em lote contíguo ao que já estão instalados. Outras empresas estão instaladas em áreas residenciais da cidade e se interessam em transferir sua atividade para o local mais apropriado: o Distrito Industrial. Também há interessados em novos empreendimentos.

O CCO entrevistou um novo empreendedor e outros dois empresários já estabelecidos: um que deseja ampliar suas operações no distrito e outro que espera poder transferir suas atividades para lá.

“Preciso de mais espaço” (Luiz da Mecânica Vidal)

Conversamos com Luiz Carlos Campos da Luz, proprietário da Mecânica Campos Vidal que já está instalado no distrito e necessita ampliar suas instalações. A Mecânica Campos Vidal trabalha com manutenção industrial em geral, manutenção em bombas, fabricação de estruturas metálicas, caldeiraria. 

“A oficina está lotada, tem matéria-prima chegando e material para despachar na porta. Preciso de mais espaço” – afirma o empresário que trabalha com uma equipe que varia de 35 a 40 empregados. Ele prevê chegar a 60 colaboradores, quando for possível ampliar suas instalações. Serão vagas de trabalho para caldeireiro, mecânico, soldador, ajudantes e para pessoal da administração.

Atualmente, sem mencionar, valores, Luiz tem a expectativa de dobrar seu faturamento, com a ampliação. Para isso, ele pretende investir mais R$ 1 a 1,5 milhão nas instalações.

Ao encerrar, Luiz afirma que a infraestrutura oferecida pela prefeitura atende muito bem à demanda da empresa, carecendo de melhoria no escoamento pluvial. 

“Se falar pra mim, ‘amanhã’, amanhã eu começo a construir.” (Alex da JG)

Alex Augusto de Oliveira é sócio de Carlos Miranda na JG Mecânica, que está localizada no bairro São Judas. Eles também estão interessados numa área no Distrito Industrial. “Como estamos num bairro residencial, quero sair do ‘São Judas’ e ir para lá [Distrito Industrial]. Aqui, só podemos trabalhar das 8 às 17h30 e não podemos trabalhar nem aos sábados, nem aos domingos” – afirma Alex.

Alex conta que são 16 pessoas trabalhando atualmente na mecânica. Com a transferência, seriam mais oito ou nove trabalhadores da área metalmecânica, pois lá ele irá diversificar com fabricação de molas, suporte entre outros. 

Alex diz que já investiu, em torno de R$ 250 mil e que, para se instalar no distrito, fará um investimento de aproximadamente R$ 1 milhão. Ele acredita poder dobrar o faturamento, considerando que ele passará a fabricar peças de implementos rodoviários.

Enfim, ele conta que não vê a hora de transferir sua mecânica. “Se falar pra mim, ‘amanhã’, amanhã eu começo a construir”. 

"Só posso avaliar quando tiver informações" (Francisco Euler - novo empreendedor)

Francisco Euler de Oliveira é outro interessado em um dos lotes no distrito industrial. Seu objetivo é montar uma oficina de reparos em carrocerias de madeira para caminhões, tipo uma carpintaria especializada. Ele diz que não é sua especialidade uma vez que trabalha na área de almoxarifado. Segundo Francisco, Arcos não oferece este serviço e, por isso, a opção pelo negócio. 

Diferente dos outros dois empreendedores, Francisco nunca empreendeu e, na verdade está aguardando a licitação para poder saber quais as características da área ofertada pela prefeitura e poder desencadear o planejamento. “Sem conhecer a área, não tenho como avaliar, mas acredito investir em torno de R$ 50 mil para me instalar”. Francisco prevê ofertar, inicialmente, quatro vagas de trabalho. 

Assim, percebe-se que há, de fato, demanda e, mais do que isso, há grande expectativa para que o processo licitatório seja iniciado e, somente esses três negócios, totalizam a expectativa de 40 novos empregos possíveis.

Para concorrer

Os requisitos principais para as empresas se habilitarem estarão detalhados no edital e consistem, basicamente, na apresentação dos documentos que comprovam a regularidade fiscal, econômica e financeira do empreendimento, entre outros aspectos.

Reportagem: Nando Noronha

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