Equoterapia em Arcos atende 48 portadores de deficiência múltipla e autismo

O Centro de Equoterapia Miguel Guerreiro foi criado, em 2018, por Clélia Garcia Sobrinho Alves e está instalado no Parque de Exposições Plácido Ribeiro Vaz, desde 2021. O nome dado ao Centro, ‘Miguel Guerreiro’ é em homenagem ao neto de Clelia, devido às dificuldades encontradas pelo neto desde o nascimento. Ela afirma: “Ele foi o início de tudo”.

A presidente conta: “Iniciamos o Centro na minha roça que fica na Ilha, pois meu neto precisava muito do tratamento e aqui não havia.” – ela lembra de que o fisioterapeuta Anderson Corrêa trabalhava em Lagoa da Prata com equoterapia, para aonde levaram seu neto durante um ano. Ela recorda que o projeto de Lagoa da Prata iria acabar e foi quando conversou com Anderson para trazer para Arcos e instalá-lo na sua propriedade, recebendo doações de quaisquer valores.

Clélia lembra: “Iniciamos a criação da associação para consegui levantar mais dinheiro e atender muito mais meninos e conseguimos. Mas, foi muito difícil”. 

O Centro é uma OSCIP

O Centro é uma organização civil de interesse público (OSCIP) que desenvolve atividades filantrópicas sem fins lucrativos, é o que informa o fisioterapeuta Anderson Corrêa. Ele é fisioterapeuta graduado no Centro Universitário UNA, em Bom Despacho, e especializado em equoterapia pela Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-BRASIL).

Anderson iniciou seu trabalho com equoterapia faz sete anos na APAE de Lagoa da Prata. Ele explica: “Equoterapia é um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais”. 

O objetivo do Centro de Equoterapia Miguel Guerreiro , segundo ele, é atender os praticantes que possuam deficiência múltipla ou autismo, com laudo médico e encaminhamento para o tratamento. Ele explica que ‘praticantes’ é o nome dado aos pacientes que são tratados com equoterapia. Além do laudo médico constatando sua necessidade, os praticantes devem ter no mínimo dois anos de idade.

Animais especiais

Sobre a especificidade dos animais, ele diz: “São equinos precisam ter características bem específicas para a prática e são treinados especialmente para o tratamento, visto que estamos atendendo praticantes com deficiência múltiplas ou autismo”. Ele fala que os animais geralmente são da raça Manga Larga Marchador. Atualmente, eles contam com dois equinos.

Pessoal

Anderson informa que trabalham nos atendimentos: dois profissionais de fisioterapia, dois de psicologia e um guia

O atendimento é gratuito e Centro se mantém graças às contribuições de pessoas físicas e jurídicas e subvenções da Prefeitura de Arcos. Uma subvenção da Prefeitura Municipal no valor de R$ 107 mil reais está na Câmara de Vereadores e tem votação prevista para a próxima reunião, segunda-feira, 22 de maio. 

Segundo a presidente Clélia, os recursos serão usados para reformas nas instalações que melhorarão o atendimento, contribuindo para a comodidades de todos, inclusive das famílias atendidas.

Aceitam-se contribuições

Anderson diz que as pessoas que desejarem contribuir para entidade e auxiliar na manutenção, podem transferir qualquer valor para o PIX 37.847.780/0001-10 (CNPJ).

Ele afirma que todo esforço que feito ao longo dos anos foi para contribuir com os praticantes que necessitam da equoterapia e que a visão da entidade é, no futuro, o Centro poder agregar mais praticantes e suas famílias. 

Anderson encerra: "Todo esforço não foi em vão, nossa meta está apenas começando."

Texto: Nando Noronha

Fotos: extraídas do perfil do Centro, no Instagram

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