Morador da comunidade da Ilha, em Arcos, reclama das sucessivas faltas de energia

O aposentado Célio José Leal (56 anos) é morador da comunidade da Ilha e esteve na redação do Jornal CCO para denunciar as sucessivas faltas de luz no fornecimento sob a responsabilidade da Cemig. 

Ele conta: “Há dia em que falta luz duas ou três vezes”. Ele explica que o problema é que sua mãe Maria Clara de 78 anos e pesando em tono de 100kg, necessita ficar acamada, utilizando uma cama especial com colchão de ar. O equipamento que mantém o colchão inflado, segundo ele, necessita permanecer ligado, pois, ao desligar o colchão desinfla e a mãe que foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), há cinco anos, acaba perdendo o conforto que a cama especial proporciona, resultando em muita dor para a idosa.

O denunciante, Sr. Célio, reside com sua mãe na casa 44 da rua Onze da Comunidade da Ilha e informa que já esteve na Cemig para apresentar reclamação, sem sucesso. Segundo ele, dentre as respostas da Companhia, está a justificativa de que a conta de luz não está em nome deles - o que por certo, não justificaria as quedas de luz, inclusive, porque, segundo Célio, as contas estão em dia.

O que diz a Cemig

O Jornal CCO encaminhou questionamento à assessoria de imprensa da Companhia que retornou com a resposta oficial que está transcrita na íntegra a seguir:

“A Cemig informa que não há registros de reclamações de falta de energia feitas pelo cliente da unidade consumidora localizada na Rua Onze, 44 - Povoado da Ilha, em Arcos. A companhia ressalta que, além do telefone 116 e do posto de atendimento presencial disponível na cidade, o cliente pode solicitar serviços ou registrar falta de energia por meio do Cemig Atende Web (www.cemig.com.br), do WhatsApp Cemig Atende (31 35061160) ou do aplicativo Cemig Atende, para celulares e tablets.
 
A Cemig esclarece que a última interrupção no fornecimento de energia com duração superior a 1 hora, no circuito que atende a esta instalação, ocorreu no dia 03/11/2023, e teve como causa rompimento de cabos devido a árvores que atingiram a rede elétrica durante tempestade no município. A análise fita pela companhia também apontou que os indicadores de qualidade para a unidade consumidora estão dentro dos limites e parâmetros estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL para duração (tempo de desligamento) e frequência de interrupções (vezes em que a unidade ficou sem energia) para os anos de 2023 e 2024.
 
A companhia esclarece, ainda, que, em caso de ocorrências transitórias na rede elétrica, alguns equipamentos - chamados religadores automáticos, realizam vários ciclos de aberturas e fechamentos até a normalidade do sistema elétrico.  Visto que a maioria dos problemas de alimentação é passageira e pode ser provocada por ventanias, raios, pássaros ou objetos que tocam os fios, os religadores automáticos atuam, na maioria das vezes, de forma temporária até a resolução da situação que gerou a inconformidade. Este tipo de situação pode provocar os desligamentos de curtíssima duração (piques) observados pelo cliente. A atuação destes equipamentos é fundamental para evitar interrupções de longa duração.
 
Nas residências em que há morador que seja portador de doença ou patologia cujo tratamento ou procedimento médico requeira o uso continuado de aparelhos elétricos, é importante fazer o cadastro na Cemig, mediante apresentação de laudo médico”.

A nota foi enviada pela Cemig Imprensa Oeste para o e-mail do Jornal CCO e recebida na tarde desta quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024