Adriana Oliveira é autora do livro sobre a história da paróquia Santo Antônio em Arcos

Está à venda no escritório paroquial da igreja matriz de Santo Antônio

Adriana Oliveira é autora do livro sobre a história da paróquia Santo Antônio em Arcos

A história da criação da paróquia Santo Antônio em Arcos, no ano 1999, está registrada no livro intitulado: Paróquia Santo Antônio – Uma história de fé, oração e ação, escrito pela educadora arcoense Adriana Augusta de Oliveira, que também passa a ser, oficialmente, escritora. Adriana faz parte da Academia de Letras de Arcos (ALARC) desde a fundação, em 2020.

A apresentação oficial do livro foi no dia 12 de novembro, na Assembleia Paroquial 2024, na qual estavam presentes todos os coordenadores de comunidades, movimentos e pastorais. O lançamento culminou com as comemorações dos 25 de criação da paróquia.

Adriana disse ao Portal CCO Arcos que as pesquisas sobre a construção da igreja foram feitas no material de registros de João Felisberto Ferreira, que possui mais de 40 caderninhos com anotações de compras, receitas, despesas, mutirões, leilões, atas de reuniões – tudo feito de próprio punho. Ele foi membro das três comissões de construção da igreja e presidente das duas últimas.

A iniciativa de Sr. João em ter anotado todos esses dados evidencia a importância dos registros escritos – informações de fácil acesso para quem as guardou, que não se perdem com o tempo e completam e/ou legitimam o que está apenas na memória.

Quanto às pesquisas a partir da criação da paróquia, foram feitas nos livros de atas dos Conselhos paroquiais e Livro de Tombo. Relatos de coordenadores das comunidades, dos movimentos e das pastorais, assim como entrevistas com alguns paroquianos sobre a época da construção e o início da paróquia também foram primordiais.

A ideia inicial do padre Samuel Borges, pároco, era fazer apenas o relato histórico da paróquia, de suas comunidades e movimentos. No final do ano passado, quando ele perguntou se Adriana escreveria, ela concordou. “[...] Ao começar a pesquisa, o trabalho foi crescendo e culminou no livro. [...] Eu rezava e pedia a Deus que eu fosse apenas um instrumento nas mãos Dele e que fosse escrito somente o que fosse da Sua vontade”.

Adriana comenta sobre a dificuldade de descrever uma história tão grande em apenas um livro e enfatiza: “Muitas pessoas passaram por ali, deram sua contribuição e merecem ser honradas, algumas nem mais estão entre nós, então tenho certeza que seus nomes jamais serão esquecidos e estão escritos no livro de Deus”.

Ela fez as pesquisas, entrevistas, redigiu e revisou. João Paulo Coca fez o trabalho de diagramação. A impressão foi feita pela Gráfica Elta, de São Paulo. O custo financeiro ficou a cargo da paróquia. O livro está sendo vendido no escritório paroquial, pelo valor R$ 30,00, que é somente o custo final.

Adriana Augusta de Oliveira 

Espiritualidade, envolvimento e ardor missionário  

Ao ler o livro, quem participou do início dos trabalhos de fundação da paróquia vai relembrar fatos e situações importantes, “de grande espiritualidade e envolvimento de um povo unido em torno de uma missão”.
Os demais leitores, segundo Adriana, podem esperar “uma linda história de um povo que se deixou e se deixa conduzir pelas mãos de Deus na construção de seu Reino. É uma leitura para reavivar a fé e motivar a atual e as futuras gerações despertando seu ardor missionário sempre com fé, oração e ação”.


Momentos marcantes 


A autora disse que, ao ouvir os relatos, foram muitos os momentos emocionantes. “Mas o que mais me emocionou foi perceber o que movia esse povo, o tripé ‘fé, oração e ação’, que era o pilar do grupo de jovens, o VIJEC – Vivendo Jesus Cristo, que teve a iniciativa de movimentar a comunidade em prol da construção da igreja, quando tudo ainda era apenas um terreno baldio, e perceber que é esse mesmo tripé que ainda move o povo da paróquia Santo Antônio”.

O VIJEC foi um grupo do Shalom e fazia parte da paróquia Nossa Senhora do Carmo. O grupo recebeu a missão de evangelizar no bairro Santo Antônio e lá os integrantes rezavam nas casas, especialmente o terço. Em um desses encontros nasceu o desejo da construção de uma capela.  “O restante você vai descobrir lendo o livro”.

A autora citou, também, os dias em que uma equipe foi “bater a laje” da igreja. Foram 31 horas e 30 minutos de trabalho sem interrupção. Estima-se que mais de mil pessoas passaram por lá, com revezamento. Duzentos e noventa e dois homens confirmaram presença, com assinaturas; mais de 300 mulheres contribuíram fazendo as refeições; outras pessoas não assinaram. Começaram e terminaram com uma missa.

A autora

Adriana Augusta de Oliveira é professora e supervisora escolar na rede municipal de ensino. Graduada em Letras, pós-graduada em Língua Portuguesa, Supervisão e Inspeção Escolar, Psicopedagogia Clínica e Institucional, Docência com ênfase em educação básica, Docência com ênfase em educação inclusiva.

É casada com o motorista e encarregado de pessoal Antônio Luís Cardoso da Silva. Eles são pais de João Gabriel Augusto Cardoso, de 17 anos.

Em sua autodefinição, ela diz: “Sou cristã, mãe, esposa, irmã, tia, profissional. Alguém que coloca Deus a frente de todas as suas ações e mesmo tendo consciência de sua pequenez humana, coloca-se a serviço de Deus”.

Esse foi o primeiro livro escrito por ela, que também tem contribuindo com um novo viés Cultural que tem surgido em Arcos graças ao empenho da ALARC. 

Adriana Oliveira com a presidente de honra da ALARC, Lázara Sousa