Arcoenses voltam à ‘Mina' para buscar água
Com o anúncio feito pela Prefeitura de Arcos, informando sobre novo laudo da Copasa, os arcoenses vão retomando a coleta. Muitos não pararam, mesmo com a suposta contaminação
Redação
Depois do anúncio da prefeitura de Arcos, informando que a ‘Mina d’Água’ da avenida Dr. Moacir Dias de Carvalho estaria liberada para o consumo graças a um novo laudo da Copasa, o CCO foi até o local para ouvir as pessoas que usam regularmente aquele poço artesiano.
Foram ouvidas cinco pessoas, no intervalo de pouco menos de duas horas. Durante esta período em que o CCO esteve junto ao poço, em torno de 15 pessoas estiveram lá buscando água para suas residências. Cinco delas aceitaram conversar com a reportagem. Quatro delas já buscam água faz mais de 2 anos e apenas um começou a se abastecer há um ano.
As quantidades recolhidas nas duas torneiras que jorram incessantemente, são diversas. Observando a coleta de água em galões de 20 litros, cinco litros e em garrafas pet, a menor foi de um cidadão que busca somente para consumo imediato, em pequenas garrafas pet e a maior, de 150 litros, embalada em diversos galões e garrafas.
Edmar da Moraes, pintor e morador da Augusto Lara, buscava água quinzenalmente e disse que, quando ele tomou conhecimento da possibilidade de contaminação do poço, parou de recolher água naquele ponto. “Agora, há pouco, eu soube da informação da Prefeitura de que a água não estava contaminada e vim logo buscar água para minha família”.
Alírio da Silva, aposentado e morador do bairro São José, foi encher apenas duas garrafinhas de água. Ele diz que continuou buscando água, apesar das primeiras informações, falando da contaminação. “Este é um poço artesiano e, por isso, a água está em grande profundidade. Seria improvável que estivesse contaminado”. Alírio também busca água naquele local entre dois e três anos.
Geraldo Aparecido é aposentado e vem de bicicleta levar água para sua família que reside no bairro Floresta. Ele diz que vem duas vezes por semana ao poço, buscar água, levando garrafas pet de 1,5 litro. Geraldo diz que viu as matérias, mas continuou vindo buscar água.
Aguinaldo da Costa, motorista e residente do bairro Mangabeiras foi o recordista, com 150 litros, em galões de 20 litros, cinco litros e garrafas pet de um litro e meio. Aguinaldo diz que, na semana, vem duas vezes, pois a água é usada não só para beber, mas também para cozinhar. Ele busca água faz um ano. “Não parei de buscar pela confiança na prefeitura. A água é boa e nunca fez mal para mim e minha família”.
Marcos Felipe, técnico em radiologia e morador do bairro Buritis também frequenta ‘mina’, mas diz que, depois de saber da possibilidade de o poço estar contaminado, receoso, suspendeu. “Ao saber de que o novo laudo divulgado pela prefeitura havia liberava para o consumo, voltei”. Marcos, também busca água para si e sua família, uma vez por semana.
Prefeitura publicou em seu site a notícia sobre o novo laudo. Confira, clicando no link a seguir:
Serviços do ‘Parque Ecológico’ continuam
Estando no local do poço artesiano, o CCO verificou que os serviços do 'Parque Ecológico' têm continuidade, embora pareçam mais atividades de manutenção do que já foi feito, do que uma obra. As ações constatadas foram, basicamente de: limpeza, plantio e irrigação, especialmente das mudas de grama que seguem sendo aplicadas no local.
