Arrecadação em Arcos sofre queda em comparação ao mesmo período de 2022

A arrecadação de Receitas (Corrente Líquida e de Capital) no Município de Arcos neste primeiro semestre (janeiro a junho de 2023) foi superior a R$ 89 milhões (R$ 89.595.990,37). 

Em 2022, também no 1º semestre, a arrecadação foi superior a R$ 97 milhões (total de R$ 97.114.723,09). Ou seja, neste ano de 2023, até junho, houve uma perda superior a R$ 7 milhões (R$ 7.518.732,72). 

Arrecadação de 48,2% do valor estimado para todo ano –  Em dezembro de 2022, a estimativa de receita e de despesas da cidade para 2023 foi fixada em 185,5 milhões de reais.

A arrecadação de R$ 89.595.990,37 nesse 1º Semestre – metade do ano – representa 48,2% do valor estimado, quando se esperava 50%.

Essa queda na arrecadação deve ser observada como uma situação de alerta, porque não condiz com o cenário de anos anteriores. Dados do histórico anual da Secretaria Municipal de Fazenda mostram crescimento no valor das arrecadações do município de Arcos no período de 2019 a 2022. 

Em 2017 houve queda em comparação ao ano anterior (2016). A arrecadação de 2018 também foi inferior à de 2016.  Mas no período de 2019 a 2022, sempre apresentou crescimento. O ano de 2022, quando foram arrecadados mais de R$189 milhões, revelou a maior arrecadação em 13 anos: 29% maior que no ano anterior (2021). 

Veja as arrecadações dos últimos 13 anos (Anual)

2010 R$ 49.149.712,75

2011 R$ 56.945.328,72

2012 R$ 60.506.372,53

2013 R$ 66.773.127,04

2014 R$ 82.189.404,60

2015 R$ 87.469.384,24

2016 R$ 100.187.181,01

2017 R$ 93.991.196,70

2018 R$ 95.867.083,18

2019 R$ 105.975.377,15

2020 R$ 124.103.049,94

2021 R$ 146.832.877,00

2022 R$ 189.500.000,00 

Histórico Semestral 

Outra análise pode ser feita a partir da Evolução Semestral da Receita desde 2017. Observe, na tabela abaixo, que os valores sempre aumentam de um ano para o outro, com crescimento considerável a partir de 2020 (em plena pandemia de Covid-19), sendo o maior deles em 2022.

Evolução da receita de  2017 a 2023 - Primeiro semestre

2017 R$ 46.181.835,09

2018 R$ 49.920.537,60

2019 R$ 49.983.291,15

2020 R$ 57.112.309,23

2021 R$ 68.295.609,12

2022 R$ 97.114.723,09

2023 R$ 89.595.990,37

Fonte: Secretaria de Fazenda (Arcos-MG) Sistema: GOVBR-CP

Motivo de preocupação

Na prestação de constas do primeiro quadrimestre deste ano, o secretário municipal de Fazenda, Cleomar Silva, disse que os percentuais com Saúde, Pessoal e Educação estavam dentro do esperado, acrescentando que a queda da receita comparando com os exercícios anteriores é motivo de preocupação. Já naquela época ele falou sobre a necessidade de adequações, indicando provável corte de despesas.

Na quarta-feira, dia 2 de agosto de 2023, ele reforçou ao CCO: “Quando não arrecada o previsto, é preocupante. Podemos observar que a queda é uma tendência que vai seguir no exercício. O ICMS foi a receita que comprometeu. Teremos que fazer alguns ajustes”. 

Brasil:  déficit de R$ 45,2 milhões  

O G1 divulgou, no dia 27 de julho, que as contas do governo federal registraram déficit primário (*) de R$ 45,2 bilhões em junho. Ou seja, a arrecadação com tributos ficou abaixo dos gastos do governo (sem considerar o pagamento de juros da dívida pública), de acordo com a publicação.

O mesmo site informou que esse é o pior resultado, para este mês, desde 2021. 

Já em junho de 2022, as contas do governo registraram superávit de R$ 14,6 bilhões (valores nominais) ou de R$ 15 bilhões (valores atualizados pela inflação), conforme consta na mesma matéria.

Veja algumas justificativas para o aumento da Despesa no Brasil: pagamento de benefícios previdenciários; aumento do pagamento do Bolsa Família e do Auxílio Brasil. Leia os detalhes no link: https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/07/27/contas-do-governo-registram-rombo-de-r-452-bilhoes-em-junho-diz-tesouro.ghtml