Como sou feliz no Lar Pousada dos Berto!

Hipólita

Meu nome é Hipólita Batista de Oliveira, tenho 71 anos e sou natural de Arcos. Sou filha de João Batista Filho, conhecido como Nego Gustavo, e de Francisca Cândida Batista. Sou solteira, não tenho filhos e tenho 10 irmãos. Sou muito religiosa e sempre dediquei a minha vida para cuidar da minha família e das coisas do Senhor. Já fui ministra da Eucaristia e catequista. Quando eu tinha 24 anos, fui ao Convento Sagrado Coração de Jesus, na cidade de Luz – MG, onde morei durante três anos e quatro meses. Porém, devido a problemas de saúde, tive que deixar o convento e voltar para casa. Desde então, cuidei de minha mãe, a Sra. Francisca. Com o falecimento dela, em 2018, fui morar com meus irmãos. 

Em 2022, tomei a decisão de vir morar no Lar Pousada dos Berto. Hoje, me sinto realizada, pois tenho muitos amigos e não me sinto sozinha. Não pretendo ir embora, pois aqui é minha casa. Aqui não falta nada para os idosos, inclusive recebemos muito amor e carinho de todos os profissionais do Lar.

Geraldo

Minha vida é boa demais, porque tudo que eu já pensei em fazer na vida, com o poder de Deus, eu fiz. Tive minha família, perdi uma filha, mas isso é coisa da vida. Tenho dois filhos casados e três solteiros. Minha filha mais velha vai fazer 40 anos e já tenho uma ‘manada’ de netos. Meu nome é Geraldo Rodrigues de Andrade, tenho 88 anos, nasci no dia 12 de fevereiro de 1935 em Santo Antônio do Monte, em casa. Sou filho de João Rodrigues dos Santos e Antônia Maria dos Santos.

Me casei com a Vitória Cândida de Andrade, no dia 24 de setembro. Eu tinha 24 anos na época. Fui casado por pouco tempo, aos poucos o casamento foi se descontrolando. Tive seis filhos e ela passou a desobedecer a gente. E daí eu resolvi me separar porque ela mandava na gente. Eu dava conselhos e não adiantava. Separei com 40 anos. Éramos dois irmãos, casados com duas irmãs. A mulher do meu irmão ficou com ele até o fim da vida.

Já morei em Goiás, Arcos, Espraiado, Santo Antônio do Monte. Fui para Goiás para trabalhar com plantação e eu já era casado. Minha filha ficou doente lá, minha esposa caiu e se machucou. Levei-a em um benzedor e ela melhorou um pouco. Depois que ela adoeceu e decidi ir embora para os EUA. Acabei não indo com dó da minha filha. 

A minha vida foi engordar porco, tirar leite e ser ruralista. 

(Você pretende ficar no lar ou ir embora?)

Não sei, posso ficar aqui, mas se eu melhorar tá arriscado de eu ir para outra banda.

(O que você diria para quem quer morar no lar e tem medo?)

Aqui é bom para morar, minha vida é balançada, pode ser que eu melhore e eu vá para outra banda.