Diagnóstico de depressão
Confira o artigo do psiquiatra Dr. João Batista Rodrigues Ferreira sobre 'depressão'
Síndrome caracterizada por um conjunto amplo de sintomas, os quais envolvem: funções neurovegetativas (alteração do apetite ou peso,alteração do sono); atividade psicomotora (perda de energia, interesse, agitação ou lentificação); cognição(sentimentos de desvalia, desesperança, culpa inapropriada, ideação suicida); afeto (tristeza, ansiedade, indiferença afetiva) e vontade (avolia).
Os sintomas devem estar presentes na maior parte do dia, quase todos os dias, e durar pelo menos algumas semanas.
A prevalência de TDM [Transtorno Depressivo Maior] no Brasil é estimada em 16,8% ao longo da vida e 7,1% no último ano.
Está frequentemente associada a incapacitação funcional e comprometimento da saúde física.
Os pacientes deprimidos apresentam limitação de suas atividades e comprometimento do bem-estar, além de utilizarem mais serviços de saúde.
Tratamento da fase aguda
Inclui os 2 a 3 primeiros meses de tratamento e tem como objetivo a diminuição dos sintomas depressivos(resposta) ou, idealmente, sua eliminação completa (remissão).
Continuação do tratamento
Corresponde aos 6 a 9 meses subsequentes ao tratamento da fase aguda e tem como objetivo manter a melhora obtida, evitando recaídas dentro de um mesmo episódio depressivo. A continuação está indicada a todos os pacientes. Ao término dessa fase, se o paciente permanece com a melhora obtida na fase aguda,é considerado recuperado do atual episódio.
Fase de manutenção
Tem por objetivo evitar novos episódios (recorrência),e, em geral, sua duração é longa. A manutenção é recomendada a pacientes com maior probabilidade de recorrência.
Depressão recorrente
O risco de recorrência de episódios depressivos ao longo da vida aumenta a cada novo episódio: 70 a 80% após o segundo episódio e 80 a 90% após o terceiro.
Nesses casos, é recomendado manter a farmacoterapia por períodos maiores,como 2 a 5 anos. A partir do terceiro episódio ou de episódios subsequentes, é preciso considerar a manutenção por tempos mais longos ou por tempo indeterminado, mantendo a dose utilizada na fase aguda.
Outros aspectos que influenciam a decisão a favor de um tratamento de manutenção são a gravidade do episódio depressivo e a presença de ideação suicida.