Escritor e poeta arcoense lança documentário Os fascínios da morte

João Evangelista Rodrigues, arcoense, fez o roteiro e dirigiu o documentário Os fascínios da morte, gravado em Japaraíba, com imagens e edição de Wender Salviano e assistência de André Salviano.
O curta metragem (duração de 15 minutos) foi produzido com recursos da Lei Paulo Gustavo, a partir de Edital, tendo apoio da Prefeitura de Japaraíba e do Ministério da Cultura/Governo Federal.
Depoimentos de moradores de Japaraíba, do pastor Manoel Frazão, da espírita Clícia Ribeiro e do padre Ivanildo Miranda levam a reflexões sobre o tema.
João Evangelista relata que o documentário resgata a história dos cemitérios de Japaraíba e mostra várias formas de ver e interpretar o fenômeno da morte. “Embora esse assunto seja considerado, por muitos, um tabu, nunca foi tão importante colocá-lo na pauta do dia. Isto porque na sociedade atual, fragmentada e consumista, predominam a violência e a banalização da morte. A normalização desse tipo de comportamento tem provocado medo, dúvidas e sofrimento a um grande número de pessoas”. Ele pretende ampliar o trabalho, diante das diversas abordagens e recortes possíveis.
Em linguagem poética, escreve: “Morte é partitura antimusiclara / a outra face da medalha / é o que da vida se acalma / em plena madrugada se evade.”
O lançamento oficial foi na quarta-feira, 18 de dezembro.
Arcoense de destaque
João é jornalista, escritor, poeta e fotógrafo. De meados dos anos 1970 até início dos anos 2000, morou em Belo Horizonte, onde teve notável atuação na vida cultural e no exercício de suas atividades profissionais, intelectuais e acadêmicas. É autor de pelo menos nove livros e, há 40 anos, está escrevendo um intitulado “Os fascínios da morte”, que serviu de inspiração para o documentário aqui noticiado.
Há mais de três anos, está morando em Japaraíba e, atualmente, trabalha também no ramo editoral, com a Arejo Editorial. Ele veio morar no interior em busca de descanso e proximidade do pai. Aos 76 anos, continua em plena atividade intelectual. A Cultura agradece.
O arcoense é considerado um dos principais poetas mineiros da atualidade e tem mais de cem letras de músicas gravadas. É parceiro de Paulinho Pedra Azul, Chico Lobo, Pereira da Viola, Rubinho do Vale, Grupo Viola Quebrada e Terra Violeira (Curitiba), Wilson Dias, Levir Ramiro, Felipe Bedetti, entre outros.
Vale a pena assistir!