CTI em Arcos: Santa Casa aguarda sinalização da Prefeitura para iniciar licitação 

Valor de R$ 2 milhões, já aprovado, terá que ser complementado pela Prefeitura 

CTI em Arcos: Santa Casa aguarda sinalização da Prefeitura para iniciar licitação 

O CCO noticiou, em dezembro de 2023, que a Câmara Municipal de Arcos aprovou o Projeto de Lei Complementar 045/2023, de autoria do Executivo Municipal, autorizando abertura de crédito no orçamento de 2023, no valor de R$ 2 milhões, para concessão de auxílio destinado à Santa Casa de Arcos.  

Em ofício anexado ao Projeto, o prefeito informou que o dinheiro seria investido na construção de um CTI (Centro de Terapia Intensiva) para atendimento ininterrupto de pacientes em estado grave ou potencialmente grave.

O projeto foi aprovado pelos vereadores no dia 4 de dezembro/2023, por unanimidade, nos dois turnos, mas com recomendações verbais ao Governo Municipal. Leia as recomendações no link:  https://www.jornalcco.com.br/cti-em-arcos-vereadores-aprovam-abertura-de-credito-mas-com-recomendacoes.

Na última sexta-feira, 16 de fevereiro, o CCO perguntou ao gestor da Santa Casa, Carlos Magno, se há alguma previsão para o início da construção do CTI. Ele respondeu que o plano de trabalho, com a previsão dos custos necessários, foi submetido ao Executivo Municipal, pela Santa Casa. “No momento, o Executivo está realizando trâmites internos para aprovação do plano”, disse.

Com os R$ 2 milhões que serão depositados pelo Executivo Municipal, pretende-se investir, em Intervenções Civis, o valor de R$ 987.636,09 (novecentos e oitenta e sete mil e seiscentos e trinta e seis reais e nove centavos); em Sistema de Climatização, R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais); em equipamentos médicos hospitalares, R$ 412.363,91 (quatrocentos e doze mil e trezentos e sessenta e três reais e noventa e um centavos).

Além dos R$ 2 milhões aprovados, será necessário mais R$ 1,2 milhão

Conforme o levantamento, a estimativa total a ser alocada para os equipamentos médicos é de R$ 1.612.454,93 (um milhão e seiscentos e doze mil e quatrocentos e cinquenta e quatro reais e noventa e três centavos). Ou seja, além dos R$ 2 milhões já liberados pelo Projeto de Lei Complementar 045, de 24/11/2023, será necessário um aporte superior a R$ 1,2 milhão (R$ 1.200.091,02) para complementar a aquisição de todos os equipamentos.

Também é importante ressaltar que ainda deverão ser acrescentados recursos para implantação do CTI. O custo mensal de manutenção do serviço, considerando profissionais (pessoas jurídicas e contratos pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT), contratos inerentes aos serviços e aquisição de materiais e medicamentos (incluindo gases medicinais), é de algo em torno de R$ 450 mil a R$ 500 mil mensais, segundo informou ao CCO o gestor da Santa Casa. “Esse valor precisará ser custeado pelo Poder Executivo até a habilitação do serviço junto ao Estado de Minas Gerais”, destacou.

O Plano de Trabalho foi apresentado ao Setor de Contratos do Município no dia 25 de janeiro.

O próximo passo

Carlos Magno relata que “assim que houver uma sinalização positiva quanto ao plano de trabalho encaminhado e for repassada a verba à Santa Casa, será iniciado o processo licitatório, buscando empresa com expertise suficiente. 
Quando houver novidades, manteremos nossos leitores atualizados com as informações.

Motivos do fechamento da UTI Covid em 2022 e da não manutenção da UTI no bloco

A ex-provedora da Santa Casa de Arcos, Irmã Sandra Gontijo, falou sobre o encerramento das atividades da UTI Covid, em matéria publicada pelo CCO em agosto de 2022. Uma vez que a UTI Covid era provisória, ela foi descredenciada do SUS e desativada em 26 de março de 2022. 
Naquela ocasião, Irmã Sandra informou que todos os equipamentos foram guardados e estavam com manutenção em dia. O CCO argumentou sobre a necessidade de UTI definitiva, para atender aos pacientes do bloco cirúrgico. A então provedora da Santa Casa explicou que o projeto da então diretoria era transformar a Sala de Parto Humanizado em UTI. No entanto, diante da necessidade das readequações e da falta de recursos financeiros, isso não foi feito.

Na época, a Administração Municipal alegou que a Santa Casa não apresentou Plano de Trabalho para que o Município investisse na adequação do local para a instalação da UTI definitiva. Irmã Sandra relatou que a Santa Casa não apresentou – por falta de recursos financeiros – nem mesmo os projetos refeitos: projeto hidráulico, projeto elétrico, projeto de combate a incêndio, projeto de ar condicionado, projeto da nova CME (Central de Esterilização dos Materiais). Ela esclareceu que essas ações eram necessárias antes de se elaborar um Plano de Trabalho. 
Quanto aos recursos destinados à Santa Casa pelo Executivo Municipal e pelo Estado naquela época, ela respondeu que a maioria foram investidos nos equipamentos.