Obra da Copasa: barro, pó e poeira para quem mora na ‘Rua do Sapo’

O CCO já esteve na obra dia 1º de junho e voltou ao local, na quinta-feira (08), a pedido de um morador para verificar novamente a situação

Obra da Copasa: barro, pó e poeira para quem mora na ‘Rua do Sapo’

Se na semana passada o problema foi o barro e a impossibilidade de entrar em casa com automóvel, agora é a poeira que incomoda. Mas, não é só isso. Moradores reclamam de que os serviços de limpeza e fechamento da vala da nova rede de água estão sendo mal executados. Eles receiam problemas. 

Hélio Damasceno, morador da rua Gameleira nº 446, falando da recomposição da rua, especialmente da vala onde foram colocados os canos da nova rede de água, reclama: “Não sou engenheiro, mas dá para ver nitidamente que é um serviço muito mal feito, um asfalto de péssima qualidade”. Ele ainda explica que a preparação do solo para colocação dessa massa asfáltica é precária porque estão colocando a massa sobre a abertura feita pela retroescavadeira, sem qualquer limpeza, sobre a terra e a poeira. Hélio acredita que o serviço de fechamento da vala não vá aguentar muito tempo.

De fato, na frente de um posto de lavagem que está instalado na rua, próximo à casa de Hélio, o proprietário estava lavando para retirar a poeira de seu estabelecimento. À medida que a água era jogada com o jato, o asfalto estava se desagregando e saindo com a água. Hélio prevê: “Provavelmente, com as primeiras chuvas o asfalto irá todo embora”. 

‘Gambiarra’

Hélio diz: “A retroescavadeira danificou a rede e agora estão fazendo gambiarra. Taparam a vala e deixaram o cano de ligação da rede de água com uma residência por cima do asfalto”.

Ao ser questionado se em algum momento a Copasa ou a empreiteira executante da obra entrou em contato com os moradores para explicar o que seria realizado e os possíveis transtornos, Hélio respondeu: “Não. Estamos sem qualquer explicação, tanto de parte da Copasa, quanto da empreiteira”. Ele acrescenta que a Prefeitura também não se manifestou e ele considera que a fiscalização da obra deveria ser realizada pela Secretaria Municipal de Obras. “Liguei várias vezes para a prefeitura, departamento de obras, almoxarifado, para ver se eu conseguiria um caminhão-pipa para espalhar água duas vezes por dia (manhã e tarde) paraamenizar o problema da poeira, sem retorno”. 

Outro problema, na frente da casa de Hélio, é que a vala foi tapada com terra, deixando uma abertura entre a pista de rolamento e o meio-fio, por onde poderá entrar água quando chover, se alojar sob a calçada e infiltrar por baixo de sua residência.

Hélio ainda afirma que a empresa nem apareceu para trabalhar nesta semana e até retiraram o equipamento, à exceção de quarta-feira, quando colocaram a massa asfáltica de maneira incompleta, deixando espaços sem asfalto. Em contato telefônico, ele ainda afirma que até hoje (09) ao meio-dia, a empreiteira não voltou a trabalhar.

Na matéria veiculada pelo CCO no dia 1º de junho, segundo o engenheiro responsável pela obra, Guilherme Santos, caso não chovesse, hoje (09) a obra toda poderia ser concluída. (Confira a matéria em https://www.jornalcco.com.br/obra-da-copasa-gera-transtornos-para-moradores-do-gameleira)

Faltam serviços

Conforme informações do engenheiro a extensão total da rede a ser implantada é de 800 metros na rua Gameleira. Dessa extensão, em 650 metros a rede já foi instalada e já foi iniciada a abertura da vala nos 150 metros restantes. Ao lado canos depositados entre a vala e a calçada.

Percorrendo a rua Gameleira, a partir da rua das Acácias (nas proximidades do final do trecho 1 da av. João Vaz Sobrinho), é possível verificar uma placa antes do início, avisando sobre a obra. Na sequência, uma extensão na qual a vala foi coberta somente com terra, outro trecho com massa asfáltica cobrindo a vala, mas descontinuado, até a extremidade mais alta da rua, onde a retroescavadeira parou de abrir a via.

Na quarta-feira, (07/06) a Assessoria de Imprensa da Copasa enviou nota em resposta, por mensagem, ao questionamento do Jornal CCO. Confira o que diz a Companhia: 

“A Copasa informa que está sendo feita a limpeza da região das obras que acontecem na rua Gameleiras, em Arcos, para evitar ao máximo transtornos aos moradores durante o período da intervenção. No local, está sendo realizada a troca de mais de 800 metros de rede de água para otimizar o atendimento da população. A previsão é que as obras sejam encerradas dentro de 15 dias”.

O CCO voltou a questionar a Copasa sobre a ausência da empreiteira nesta semana. Poré, até o fechamento desta matéria, não houve resposta.

Esta matéria poderá ser atualizada, diante de novas informações.