Obra para diminuir tráfego na MG-170 com BR-354 está saindo do papel

O cruzamento da MG-170 com a BR-354 e a avenida Governador Valadares é o ponto de maior volume de tráfego de veículos de Arcos

Obra para diminuir tráfego na MG-170 com BR-354 está saindo do papel
Cruzamento da MG-170 com BR-354

O Jornal CCO divulgou, no dia 10 de abril, a possibilidade de construção de um trecho rodoviário que tem o objetivo de reduzir o grande volume de veículos no encontro das MG-170 com a BR-354 e a avenida Governador Valadares. Embora não haja registro, não parece haver dúvida de que ali está a maior concentração de veículos de diversos portes, especialmente para quem vem da Boca da Mata para entrar na rodovia federal.

Para reduzir o volume de tráfego está sendo projetado um novo trecho rodoviário ligará a MG-170 (Estrada da Boca da Mata), na proximidade da subestação da CEMIG, à avenida Geraldo Rodrigues da Cunha, no bairro Calcita. 

Simulação do trecho: Jornal CCO

O titular da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura de Arcos, Eng. Kledson Souza, acredita que a alternativa desafogará, especialmente, o tráfego que tem origem na região da Boca da Mata, facilitando o deslocamento dos motoristas que buscam a BR-354, no sentido de Formiga. Ele afirma que essa via, passando por dentro dos bairros Calcita e Santa Efigênia, diluirá o fluxo pelas vias internas aos bairros para acessar a BR-354. Mas, ele alerta que haverá limitação quanto às dimensões dos veículos. “Bitrens, por exemplo, não terão como utilizar, devido ao seu tamanho, embora a estrutura do pavimento permita”. Ele complementou, informando que os estudos que estão em andamento indicarão quais serão as restrições de tráfego. 

Saindo do papel para a prática

Para a execução da obra que prevê a implantação e pavimentação de um trecho rodoviário de quase meio quilômetro (490 m) serão necessários dois serviços que permitirão a construção. 

Um deles é a transferência da elevatória de esgoto do bairro Calcita que, atualmente, está instalada no eixo projetado da via e que precisará ser retirada e construída noutro lugar. A alteração na elevatória depende de projeto cuja licitação está prevista para ser aberta em 9 de maio próximo. Somente com o projeto, será possível contratar esse serviço para remover e construir a elevatória fora do eixo da futura via. O preço estimado para o projeto é de R$ 60 mil.

Outro serviço será a alteração na rede de transmissão de energia da CEMIG. Kledson explica que, como ela passa sobre o eixo do futuro trecho, será removida para ser construída uma rede nova ao lado da estrada, acrescida de iluminação da via em toda sua extensão. “Esta alteração já tem projeto, inclusive com aprovação da CEMIG, e a obra já está licitada aguardando a ordem de serviço”. Este serviço, já com contrato assinado, custará R$ 240 mil.

Outra ação prévia refere-se às questões ambientais. Kledson diz houve indicação de que, naquela área haveria uma nascente e o município está sendo questionado sobre isso. Então, o município já está apresentando defesa e os licenciamentos necessários à obra estão sendo providenciados pela pasta que trata das questões do meio ambiente no Executivo Municipal.

Os passos da obra

O primeiro passo que é a terraplenagem já foi iniciada, mas foi suspensa temporariamente, diante de outras prioridades, conforme o secretário. "Vamos retomar em breve, para depois serem executadas as outras fases, tais como sub-base e base” – diz o secretário. Na sequência, será feita a implantação de asfalto. 

Para o asfaltamento, está sendo realizada uma licitação destinada a diversas intervenções de pavimentação asfáltica a serem executadas no município, incluindo este novo trecho. Após o pavimento asfáltico, virão a sinalização e instalação da rede de iluminação.

Questões comunitárias

O secretário falou também sobre a aceitação da obra nas comunidades do ‘Calcita’ e ‘Santa Efigênia’, que receberão um aumento considerável de tráfego pelas vias dos bairros. “Informalmente, sabemos que existe resistências, assim como há muitas pessoas já aguardando a obra, com boas expectativas pela maior movimentação de veiculos ”. Ele acrescenta que muitos moradores desses bairros são trabalhadores das empresas da região da Boca da Mata e que vêm perdendo muito tempo no semáforo para chegar em suas casas, especialmente no horário do almoço.

Outras alternativas 

O engenheiro destaca que há outras alternativas em estudo, tais como: um acesso direto livre para a direita da MG-170, valendo-se das faixas de domínio das duas rodovias – o que, também, facilitaria o acesso à rodovia federal no sentido de Formiga, sem passar pelo semáforo. 

Outras duas possibilidades estão sendo avaliadas. Visando ao tráfego com destino a Formiga, ele detalha: “Há possibilidade de melhorar uma via de terra que liga a MG-170 (nas proximidades da Cimento Nacional) à rodovia para Pains (MG-439)”. Para o sentido contrário, o melhoramento de outra estrada de terra já existente, ligaria a MG-170 à BR-354, próximo à empresa Fos Química, possibilitando outra alternativa para os deslocamentos no sentido de Iguatama.

Texto: Nando Noronha