Pneumologista alerta arcoenses sobre a prevenção de doenças respiratórias

Já possível perceber que o inverno se aproxima, ao cair da tarde e ao alvorecer, a sensação térmica tem sido mais baixa do que em meses anteriores. Esse é o período no qual as doenças respiratórias podem se manifestar com maior frequência. Em publicação da Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde, encontramos: “O início do inverno é motivo de atenção para as doenças respiratórias. As temperaturas mais baixas favorecem a disseminação dos vírus causadores de infecções como gripe, resfriado e a própria covid-19, que ainda não está totalmente controlada”.

Para saber um pouco mais sobre este assunto, o Dr. Marco Túlio Silva Veloso trouxe informações importantes e úteis sobre as síndromes respiratórias. Ele é graduado na Faculdade de Medicina de Itajubá (MG) especialista em pneumologia, com residência na Santa Casa de Belo Horizonte e pós-graduado em Alergia/Imunologia e Medicina do Trabalho (Ipemed).

Agudas e crônicas

Inicialmente, o pneumologista esclareceu: “Podemos dividir em doenças respiratórias agudas e a exacerbação de doenças respiratórias crônicas”. Ele explica que, dentre as doenças respiratórias agudas estão: resfriados, gripes, covid 19, faringites, rinites, bronquite aguda e pneumonia. Já dentre as doenças respiratórias crônicas, ele citou como mais importantes o agravamento da asma e da doença pulmonar obstrutiva crônica, esta última conhecida como enfisema pulmonar.    

 “As doenças respiratórias agudas podem se manifestar em qualquer indivíduo que tenha contato com vírus, bactérias, fungos ou outros antígenos inalatórios desencadeadores”. O Dr. Marco Túlio exemplificou, citando as gripes e resfriados como as mais comuns.

Ele explica que, nas doenças respiratórias crônicas o paciente já tem diagnóstico e, caso não esteja controlada, ela pode se manifestar com piora dos sintomas, sendo que este agravamento é mais comum no período do inverno. O médico as doenças respiratórias crônicas distinguem-se das agudas, pela presença ou não de uma doença respiratória pré existente.      

Ainda, ele afirma que os sintomas da covid e da influenza são muito parecidos e, por isso, para que se tenha um diagnóstico, são necessário exames laboratoriais.

Detalhando, o Dr. Marco Túlio diz que os pacientes podem apresentar febre, dor garganta, coriza, congestão nasal, cefaleia, tosse, mialgia e falta de ar. Ele destaca: “Na covid as alterações de olfato e paladar, comuns no início da pandemia, já não são tão frequentes nas cepas atualmente em circulação.  Em pacientes sintomáticos respiratórios podemos solicitar swab [cotonete] nasal para teste rápido de covid 19 e Influenza A/B”.

No entanto, ele afirma que, para pacientes de populações mais vulneráveis é importante o diagnóstico etiológico, para investigar a origem, a causa, considerando que há medicamento antiviral específico para essas doenças virais.

Tratamento domiciliar ou busca de assistência médica

Conforme o médico, sintomas respiratórios leves, tais como coriza, febre baixa, tosse seca por curto período de tempo podem ser tratados em casa com: soro nasal, repouso, hidratação rigorosa e antigripais.

“Em caso de febre alta, tosse produtiva (tosse com secreção) e falta de ar, o paciente deverá buscar assistência médica. Crianças menores de dois anos, idosos, portadores de múltiplas comorbidades e imunossuprimidos devem ter atenção especial por serem mais vulneráveis e com maior risco de complicações” – alerta.

Vacinação

O pneumologista ressalta: “Sem dúvida nenhuma, a vacinação é a medida preventiva mais importante”. Ele explica que, atualmente, estão disponíveis vacinas contra covid 19 e influenza. Além dessas duas síndromes, ele informa que recentemente há também imunização contra o vírus sincicial respiratório, que é a principal causa de bronquiolite em bebês.

Concluindo, o Dr. Marco Túlio recomenda às pessoas, para que mantenham o corpo aquecido, a hidratação oral e a irrigação nasal com soro fisiológico e indicou alimentação equilibrada, boa noite de sono e exercícios físicos (em horários menos frios).  Ele voltou a salientar a importância da vacinação e do uso da medicação de controle aos portadores de doença crônica.  “Com estes cuidados, o sistema imunológico será fortalecido e os riscos de complicações por doenças respiratórias serão menores. Por fim, também sugiro evitar ambientes mal ventilados e aglomerações para reduzir o risco de infecção por doenças virais" - avaliou.

(Confira outros detalhes na matéria: https://www.jornalcco.com.br/nos-dias-frios-mantenha-o-corpo-aquecido-e-boa-hidratacao)