Quem Sou Eu? Um olhar psicanalítico sobre a autonomia emocional

Quem Sou Eu? Um olhar psicanalítico sobre a autonomia emocional

Fernanda Batista nasceu em Mateus Leme e mora em Arcos há 35 anos. Estudou psicanálise em um instituto cristão e buscou aprofundamento em Traumas Emocionais e Sexualidade. 

Fernanda relata que a psicanálise é eficaz no tratamento de transtornos de ansiedade, depressão, fobias, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtornos de personalidade, dificuldades emocionais e existenciais, além de conflitos inconscientes que impactam na vida cotidiana, como dependência emocional e padrões destrutivos em relacionamentos.

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Quem Sou Eu? Um olhar psicanalítico sobre a autonomia emocional

“Quem eu sou?” É uma pergunta que, mais cedo ou mais tarde, todos enfrentamos. Não raramente, nos encontramos definindo a nós mesmos com base no que dizem: “Se dizem, então eu sou.” Mas será que as percepções externas capturam, de fato, a essência do que somos?

Nosso verdadeiro “eu” reside em algo muito mais profundo. Ele se forma e se transforma por meio das experiências que vivemos, das lutas que enfrentamos e das superações que construímos ao longo da jornada. É no coração que guardamos as cicatrizes e os aprendizados de cada fragmento que já recolhemos e ressignificamos em nossa história.

No entanto, para acessar a plenitude desse “quem eu sou”, é necessário mergulhar no inconsciente. Precisamos compreender as raízes de nossos traumas, refletir sobre os motivos que nos levaram a determinadas dores e, acima de tudo, encontrar a força para liberar o perdão – às vezes de forma repetitiva, mas sempre libertadora.

Nesse processo, a psicanálise exerce um papel fundamental. Ao fortalecer o ego, ela nos ajuda a desenvolver autonomia emocional, permitindo que lidemos com nossas emoções de maneira mais madura e equilibrada. Assim, nos tornamos menos suscetíveis a impulsos e pressões externas, caminhando para um estado de maior autoconhecimento e liberdade.

A construção do “quem eu sou” vai além do que nos dizem. É um reencontro com nossa essência, um trabalho interno que requer coragem, reflexão e ressignificação. Quando nos permitimos acessar essas camadas mais profundas, estamos, de fato, assumindo o protagonismo de nossa própria história.

Fernanda Batista – psicanalista