Série Bairros de Arcos: Alvorada e Nova Morada I: além da creche, faltam limpeza, iluminação e melhorias no posto de saúde

Moradora comenta que os bairros Alvorada e Nova Morada I precisam de muita coisa, pois estão se expandindo.

Série Bairros de Arcos: Alvorada e Nova Morada I: além da creche, faltam limpeza, iluminação e melhorias no posto de saúde

A série Bairros de Arcos chegou a mais dois bairros: Alvorada e Nova Morada I. Para contar a história e falar sobre os bairros o CCO ouviu Maria Auxiliadora Campos Silva (57 anos), que é proprietária de uma loja e reside no ‘Alvorada’ há 31 anos – uma de suas primeiras moradoras. 

Maria Auxiliadora conhece bem a região, pois nasceu na Usina Velha e passava, diariamente, pelo caminho de terra, onde, atualmente, é a avenida Progresso. “Aqui só tinha um caminho por onde só passava carro de boi, se chamava Capão do Bexiga. Quando eu casei vim morar no bairro Olaria. Em 1992, viemos morar no Alvorada que estava começando”.

Ela conta que é comerciante de nascimento. “Meu pai, Salvador Inácio, tinha uma ‘venda’ na roça e, desde os oito anos, eu fazia doce para vender”.

Ela fala das necessidades dos moradores que são comuns, pelo menos aos bairros Alvorada e Nova Morada i. “Nosso bairro precisa de muita coisa para melhorar. Está desenvolvendo e crescendo muito”.


Sujeira é problema

Auxiliadora diz que o bairro está muito sujo, falta limpeza. É muito lixo espalhado. “A praça está bem limpa e bonita agora, porque o Edinho do caldo de cana assumiu, por iniciativa própria e cuida do lugar”. Na praça, que é a única do bairro, também está localizada a Igreja Santa Terezinha.

Edis Miranda, mais conhecido como Edinho, é comerciante. Vende caldo de cana feito na hora, salgadinhos e pão de queijo. Ele contou sobre sua iniciativa em cuidar da praça: “Meu primeiro interesse foi pelos clientes e manter o local limpo”. Ele diz que há uma empreiteira que, de tempos em tempos, faz uma manutenção na praça. Mas como ele está todo dia trabalhando ali, ele não deixa o lixo se acumular e o povo passa a respeitar. “Já pedi pra reformar os bancos que estavam estragados. A prefeitura me deu uma lixeira e eu cato lixo todo o dia”. 

Edinho, que já morou no Alvorada e se mudou pra roça, diz que é um bairro tranquilo e tem uma câmera do Olho Vivo instalada. “Nunca mexeram em nada das minhas coisas”. A praça fica atrás da igreja, na esquina da Rua Chico Cuca, com avenida Progresso. 


Esgoto não dá conta

Na mesma esquina da igreja, está instalada uma caixa de esgoto e Maria Auxiliadora também reclama. “De vez em quando, o esgoto entope e vaza transbordando pela rua. Com o mau cheiro fica bem difícil, viu”. Segundo ela, com a expansão, colocando mais bairros conectados à rede, nem sempre dá conta.

Quando a reportagem esteve no local do bueiro, não estava transbordando, a água que se vê na foto é de lavagem de calçada

Iluminação é outro problema

Com o crescimento, ela conta que há muitas construções em andamento e a iluminação é precária. Outro problema é que há muita vegetação, em lotes vagos ou nas imediações do bairro Buritis, que fica logo abaixo do Alvorada. Mas, o ponto mais grave é na praça, junto à Igreja “Ali fica bem escuro e no local se reúnem muitos usuários de drogas à noite”. 

“A escola teria que ter um guarda à noite. Colocaram câmera faz uma semana, mas a escola já foi roubada várias vezes. 

Por conta da falta de iluminação ela considera o bairro inseguro e diz que, apesar de passarem muitos carros da polícia, são sempre pela avenida Progresso, com destino ao presídio.


Equipe do PSF precisa aumentar

Ela conta que, inicialmente, o posto de saúde atendia somente Olaria, Alvorada e Nova Morada I. Com o desenvolvimento, somaram-se: Buritis, Belvedere, São Bento, Fortunato Resende, Nova Morada 2, Hilda Borges e Serra Verde, além da zona rural, também atendida pela unidade básica de saúde. “A população a ser atendida aumentou, mas a equipe de atendimento, não. Consulta, só marcando com antecedência e nem sempre se consegue”. Ela diz que, o PSF é bom e amplo. Tem condições para aumentar a equipe.


“Consulta, só marcando com antecedência e 

nem sempre se consegue” (Maria Auxiliadora C. Silva)


Creche, a grande expectativa

Noutra matéria produzida pelo CCO, Maria Auxiliadora já havia se manifestado sobre o que ela considera a carência mais importante do bairro: a creche. “Nos bairros há muitas crianças e sem a creche fica difícil para as mães que precisam trabalhar”. A matéria, que apresenta detalhadamente o problema, pode ser acessada no link: https://www.jornalcco.com.br/creche-do-olaria-em-conclusao-ha-quase-8-meses