Série Bairros de Arcos: Brasília, as pessoas gostam de morar no bairro que é um dos maiores de Arcos

Mas, moradores da rua Tenente Florêncio seguem sofrendo com alagamentos

Série Bairros de Arcos: Brasília, as pessoas gostam de morar no bairro que é um dos maiores de Arcos
Foto: Jornal CCO

Brasília, certamente, é um dos maiores bairros da cidade. Ele está basicamente delimitado pela BR-354, pela avenida Magalhães Pinto e avenida Governador Valadares. Para falar sobre o bairro, o jornal CCO conversou com Letícia Cunha, Maria das Graças Ribeiro e Arelli Ribeiro.

Letícia Cunha, de 18 anos, é estudante de psicologia e, nas férias, trabalha como caixa em um supermercado no bairro Brasília. Letícia é nascida no ‘Brasília’ e sempre gostou de lá. Ela conta que o bairro é bem servido: tem supermercado, mercado, sacolão, açougue, padarias e posto de saúde. 

Letícia Cunha

Também há bares, botecos, lancherias e postos de gasolina. “O ônibus passa na ‘trincheira” – conta Letícia, referindo-se à trincheira da avenida Governador Valadares. Ela gosta de morar lá, mas diz: “À noite, ouvimos sempre gente brigando e gritando “. 

Segundo ela, a polícia passa com frequência e diz que a iluminação à noite é muito boa. 

Passando pelo bairro foi possível observar que a maioria é de ruas de paralelepípedos, mas muitas são asfaltadas. Existem duas praças: uma junto à avenida Governador Valadares e outra no interior do bairro. Há dois hotéis e o Lactário Municipal que, também está no Brasília e ao lado o Centro de Referência e Assistência Social (CRAS).

Maria das Graças Ribeiro, de 69 anos, que também nasceu no Brasília. “Quando nasci morávamos na casa onde meu pai trabalhava e, quando nos mudamos para a nossa casa [também no Brasília], eu já tinha 17 anos”. 

Maria das Graças morava com seus pais, Seu Lolô e D. Maria. Segundo ela, no início dos anos 70 é que começaram a aparecer mais casas e que, antes disso, havia poucas habitações. “Havia muito mato”.

Arelli e sua mãe, Maria das Graças


“Na maior parte do bairro moram pessoas de classe média e baixa. Mas, há pessoas de classe alta, principalmente pra lá da avenida JK. Onde há casas muito bonitas”.

“Sempre gostei de morar no bairro Brasília” – diz a filha de Maria das Graças, Arelli Aparecida Ribeiro de 33 anos que, recentemente se casou, se mudou para o bairro Juá 2, mas tem saudades. Areli continua trabalhando no bairro. 

O bairro tem muitas empresas, principalmente ligadas ao transporte de cargas e à manutenção de veículos, especialmente junto à rodovia, onde também existia a Pontifícia Universidade Católica (hoje sendo desativada). Atualmente, no local funciona o Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) e a Secretaria Municipal de Educação.

No bairro, está localizada a igreja católica Nossa Senhora do Rosário, algumas igrejas evangélicas e um centro espírita.


Alagamentos são outro problema

Os alagamentos são um caso crônico para os moradores da rua Tenente Florêncio Nunes. O problema está bem relatado na matéria publicada em janeiro sob o título: “Alagamentos de casas no bairro Brasília em Arcos persistem há aproximadamente 40 anos”. Este conteúdo pode ser acessado pelo link: https://www.jornalcco.com.br/alagamentos-de-casas-no-bairro-brasilia-em-arcos-persistem-ha-aproximadamente-40-anos 

Este problema, aliás, deverá se repetir com a volta do período chuvoso, uma vez que, segundo Carlito Moreira, um dos entrevistados na matéria mencionada acima, nada foi feito para resolver. “Mês que vem eu começarei a postar novamente vídeos dos alagamentos”.

Carlito Moreira

Pó e ruído

Carlito também reclama que, desde janeiro deste ano, uma distribuidora de cimento se instalou com os fundos para sua rua, resultando em pó de cimento e ruído dos veículos, durante 24 horas. Ele apresentou ao jornal um abaixo-assinado solicitando providências, com 18 nomes e um boletim de ocorrência, registrando o problema junto à PM. “O assunto foi encaminhado ao Ministério Público e à Ouvidoria da Prefeitura Municipal” – diz Carlito.

A Drª. Juliana Vieira, titular da 2ª Promotoria do Ministério Público de Minas Gerais em Arcos, ao ser consultada pelo jornal CCO, informou que está solicitando a PM para identificar o responsável pela distribuidora de cimento, para promover uma reunião, visando a uma solução de consenso para melhorar as condições das pessoas que vivem no entorno da empresa.