Travessia urbana da BR-354, em pista simples, atendendo elevado volume de tráfego

Travessia urbana da BR-354, em pista simples, atendendo elevado volume de tráfego

O Jornal e Portal CCO foi até o trecho urbano da rodovia federal BR-354 para registrar o movimento e falar com alguns comerciantes que trabalham ao longo da rodovia. Para delimitar o trecho, foram consideradas como extremidades as imediações do Parque de Exposições e a confluência com a avenida Laura Andrade, mas com foco principal no cruzamento da rodovia com a avenida Governador Valadares.

Conversando com, Júlio Cesar, gerente há 12 anos de um posto de combustível, ele comentou que toda a ‘354’ apresenta problemas no pavimento e sinalização. Ele também relatou que foi instalada uma placa de obras na BR-354, no entroncamento com a MG-050 (‘Trevo de Formiga’), anunciando manutenção para o trecho desta rodovia federal até a extremidade com a BR-262, mas que não sabe precisar os serviços que correspondem à ‘manutenção’ anunciada.

O Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) questionado pelo Correio Centro Oeste, recebeu como resposta, mensagem por e-mail (08.03), a qual a Assessoria de Comunicação do DNIT, informa que está sendo executada a manutenção rotineira por meio de empresa contratada, a qual prevê serviços como roçada, tapa-buraco e recuperação de segmentos críticos. Além disso, a assessoria da autarquia informou que novo projeto de sinalização da rodovia está em estudo no órgão.

Júlio informa que apesar da placa, na verdade, a pista segue ruim e entende que seria necessária a recuperação completa da estrada, especialmente porque neste trecho da travessia urbana de Arcos o volume de tráfego é acentuado graças à demanda na rodovia que recebe o deslocamento de longo curso de outros eixos importantes, tais como: BR-262, BR-040, BR-381e MG-050. Ele considera que as condições atuais vêm repercutindo em acidentes e danos aos condutores, como quebra de molas, entre outros problemas na suspensão e nos pneus.

Outro comerciante, Ernani José, contou que, há muito tempo, sugeriu à Prefeitura a execução de um viaduto com ruas laterais. Ele também reclama da falta de organização. Disse que, quando foi consultar a Prefeitura Municipal para construir, recebeu orientação na Prefeitura de Arcos de deixar apenas dois metros da beira do asfalto e que a partir desta distância, poderia edificar sua empresa. Porém, desconfiado da informação, foi buscar a orientação, primeiro junto ao Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), onde foi informado que deveria dirigir-se ao DNIT, em Oliveira.

Chegando no DNIT, a informação foi outra. Segundo a autarquia, em zona rural, a distância para qualquer construção ou cercamento é de 40m medidos do eixo central da rodovia e, na zona urbana, como seria o caso, são 20 metros, e assim ele fez. Porém, relatou que outros receberam autorização da Prefeitura Municipal e construíram mais próximo da estrada do que poderiam.

Buracos, trincas e acostamentos

Embora a quantidade de buracos não seja alarmante no trecho definido, há muitas trincas e irregularidades na pista de rolamento, o que sugere que em breve possam se transformar em buracos. 

Já o acostamento é problema. Está descontinuado e danificado em muitos pontos, podendo causar estragos em pneus e na suspensão do veículo, quando for necessário utilizá-lo.

Tráfego intenso, mas sem registro

A Assessoria de Comunicação do DNIT orientou, no sentido de acessar os dados existentes no site da autarquia para obter informações sobre a contagem de tráfego. Lá verificou-se que não há posto de contagem em Arcos e que o ponto mais próximo, onde existe, é Campo Belo, por onde passam uma média superior a 4.500 veículos/dia. Ainda assim, é necessário esclarecer que este dado se refere a janeiro de 2018. No site, não foram localizados outros dados significativos.

De qualquer forma, os arcoenses, devido ao uso diário, percebem as condições dessa rodovia, suas limitações, inseguranças e sabem da importância para o cotidiano de Arcos.

Texto e fotos: Nando Noronha

Matéria produzida na Redação do Jornal e Portal Correio Centro Oeste. Jornalistas e proprietários de veículos de comunicação que desejam reproduzir nosso conteúdo devem citar a fonte: jornalcco.com.br