Arcos: médico orienta sobre doenças respiratórias em crianças

Arcos: médico orienta sobre doenças respiratórias em crianças
Dr. Macmiller Silva Costa

O CCO teve conhecimento, no último dia 13, do aumento no número de casos de doenças respiratórias em crianças de Arcos. Desde o início desta semana, estamos tentando obter a informação oficial, inclusive com o número de casos, mas ainda não tivemos retorno dos serviços públicos de saúde.

Ao considerar a importância de alertar os pais, o CCO recorreu ao pediatra Macmiller Silva Costa, que respondeu às nossas perguntas.  

Sobre o aumento no número de crianças com quadro de bronquite, pneumonia e broncopneumonia, Dr. Macmiller respondeu que não há como precisar os números, devido à alta demanda de atendimento nesse período, “que é o habitual”. Em seguida, afirmou: “ Após a pandemia, o volume parece ter aumentado sim. Alguns trabalhos ainda em estudos mostram que devido ao isolamento, a imunidade natural diminuiu. Porém, ainda não se pode afirmar”.

Ele relatou que os quadros respiratórios mais frequentes nesta época do ano são as gripes e os resfriados, pneumonia, bronquite e sinusite. 

Os sintomas mais frequentes são: tosse, espirros, coriza, dor no corpo, prostração e falta de ar. Ele recomenda a procura pelo atendimento médico quando, além dos sintomas citados, a febre ou a tosse tornam-se persistentes, bem como a prostração, falta de apetite e falta de ar.

Como medidas preventivas, deve-se evitar aglomerações, cuidar da higiene das mãos, ao cuidar de bebês ou amamentar deve-se usar máscaras, colocar as vacinas em dia, inclusive a vacina de gripe. O médico alerta que são doenças contagiosas. 

Perguntamos a ele quais são as principais diferenças entre resfriado, gripe, pneumonia e bronquite? Ele informou que, no início, os sintomas são muito parecidos. “Por isso recomendamos sempre marcar uma avaliação médica para o melhor tratamento”.

Também perguntamos quais são as vacinas que as crianças devem tomar para evitar a pneumonia, se estão disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde), se estão no calendário e com qual idade a criança deve ser vacinada. “Há vacinas disponíveis no SUS constantes no calendário vacinal e nas clínicas particulares. A diferença é o grau de proteção. No programa nacional de vacinação, a vacina de pneumonia se inicia aos 2 meses e de gripe, a partir do 6º mês de vida”.

Diante do cenário e do clima frio, é importante que os pais fiquem atentos aos filhos e procurem atendimento médico quando necessário. 

É importante lembrar que os idosos precisam dos mesmos cuidados. Filhos e cuidadores devem estar atentos e mantê-los agasalhados. Além da gravidade de doenças respiratórias, a hipotermia mata.

(Matéria publicada na edição impressa nº 2212, de 24/06/2023)