Cirurgia teria sido adiada por falta de anestesista na Santa Casa de Arcos

O paciente com diabetes necessitaria da amputação de um dos dedos do pé, mas para a cirurgia precisaria aguardar a coincidência de horários entre cirurgião e anestesista

Cirurgia teria sido adiada por falta de anestesista na Santa Casa de Arcos

Luciana Vieira, preocupada com a situação vivida por seu irmão, procurou o Jornal CCO para relatar sobre o caso que teria iniciado na terça-feira, dia 08/08/2023. 

Fábio Correia, de 40 anos, tem diabetes e vinha fazendo curativos no Hospital Municipal São José, até que, na terça-feira 08/08, diante do agravamento da situação do dedo do pé (dedão ou dedo grande), teria sido encaminhado à Santa Casa de Arcos. Fábio vem sendo acompanhado pelas três irmãs.

Ao chegar na Santa Casa, Fábio foi examinado e internado para proceder à amputação do dedo, conforme informa Luciana. 

Ela afirma que o procedimento cirúrgico estaria agendado para essa segunda-feira, dia 14/08. Mas, segundo Luciana a cirurgia não teria sido realizada. A justificativa dada à sua irmã Lucimar foi de que não havia anestesista para realizar a cirurgia.

Também foi esclarecido pela Santa Casa que teria que conciliar dia e horário do anestesista e do médico que realizariam a operação, pois há dias em que o médico está e o outro (anestesista) não. Somente quando coincidisse, seria realizada a amputação.

O que diz a Santa Casa

Questionado sobre o caso, Carlos Magno, gestor administrativo da instituição respondeu ao Jornal: “Posso te garantir que essa informação de falta de anestesista na Santa Casa não procede”. Acrescentou que estaria ocorrendo uma adequação na clínica anestésica devido à saída de um dos médicos para tratamento de saúde.

Questionado especificamente sobre o relato feito pela irmã do paciente, o gestor respondeu: “Quanto a esse tipo de declaração, não posso entrar em detalhes das condutas dos pacientes da Santa Casa, pois fere o princípio do direito a sigilo dos pacientes, o que está descrito inclusive na LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados” e acrescentou que os questionamentos ou dúvidas de pacientes e familiares devem ser encaminhadas, em conversa com o médico assistente e, se persistirem as divergências, deve ser acionado o médico Responsável Técnico ou a Direção do Hospital.

Carlos, reiterando que há cobertura  de anestesistas para atendimentos eletivos e de urgência, complementou: “Eu e Dr. Tales estamos a disposição 24 horas para que o paciente ou seus familiares nos procurem para expor suas dúvidas ou questionamentos”.