Dengue em Arcos: Vigilância Ambiental/Endemias alerta para próximos meses

O supervisor técnico do setor de Vigilância Ambiental/Endemias, Geraldo Moura, conversou com o CCO e alertou para a possibilidade de aumento nos casos de dengue, zika e chikungunya nos próximos meses. Segundo ele, de outubro a maio é o período de maior infestação vetorial e maior circulação do mosquito Aedes aegypti, por serem meses de chuvas mais intensas, formando mais reservatórios, onde as larvas do mosquito se reproduzem em maior quantidade e velocidade. Com isso, o arcoense fica mais exposto e deve tomar as medidas preventivas, evitando o mosquito tanto para si, quanto para os demais.

“É necessária a atenção de cada um para que a gente não venha a conviver com o caos de muitas notificações (de casos de dengue) e de muitas pessoas adoecendo”. Geraldo conclama a população para que todos estejam unidos para baixar a infestação vetorial, diminuindo a população de mosquitos.

Geraldo divulgou o boletim da dengue, com a data de hoje (05/12) referente a todo o ano de 2024. Os números apontados no boletim representam a situação da dengue, do mês de janeiro até este dia 05. "A divulgação do boletim é um alerta!" - afirmou.

Alto risco em Arcos

O CCO divulgou os recentes números do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) referente a outubro (o último levantamento previsto para este ano). Indicando um índice de infestação da ordem de 4,7%, colocando Arcos na condição de alto risco de transmissão. Confira a matéria em https://www.jornalcco.com.br/liraa-indica-a-possibilidade-de-nova-epidemia-de-dengue-em-arcos

Ele também esclareceu que, conforme o Ministério da Saúde o índice de infestação de 0% a 0,99% apresenta baixo risco de transmissão; de 1% a 3,9%, médio risco de transmissão e acima de 4%, alto o risco de transmissão.  

Permita o acesso do ‘agente da dengue’

Geraldo Moura faz um apelo aos arcoenses: “Permitam o acesso ao agente de combate à endemias (ACE), mais conhecido como ‘agente da dengue’. Ele vai ajudar você a reduzir ou eliminar o problema. Ele está ali para ajudar você e sua família”. Geraldo conta que, lamentavelmente, muitas pessoas ainda não permitem a entrada dos ACEs em suas casas e que isso dificulta a prevenção. Ele afirma que é necessário reverter este comportamento, pois a saúde de todos pode depender disso.

O supervisor técnico ainda informou que os agentes passam de dois em dois meses, mas que, devido ao aumento da população na cidade, nem sempre conseguem manter este intervalo de tempo. “Para borracharias, transportadoras e oficinas duas duplas de agentes e um supervisor passa a cada quinzena” – detalhou.

Colabore eliminando larvas e mosquitos

- O mosquito vetor da dengue se prolifera em qualquer recipiente que acumule água. Mas os ovos do mosquito sobrevivem por um ano em local seco

- As larvas do mosquito não se desenvolvem apenas em água limpa. Ele adquiriu resistência e nasce também em água suja, desde que haja parede fixa

- As valas e córregos, por si só, não representam perigo para a proliferação do mosquito. No entanto, se esses locais receberem lixo - como plásticos, garrafas, tampas e pneus -, aí sim se transformarão em criadouros do mosquito da dengue

- Atenção para as casas desocupadas, que estão para venda ou aluguel. Vasos sanitários e ralos são grandes criadouros do mosquito, por isso, devem ser mantidos fechados sempre

- Lave com esponja a bandeja de água que fica atrás da geladeira pelo menos uma vez por semana. É muito comum encontrar larvas do mosquito Aedes aegypti nesses locais

- Mantenha caixas d’água sempre lacradas com tela, assim como outros recipientes utilizados para coletar água da chuva

- Mantenha o quintal sempre limpo. Sacolas plásticas, garrafas, tampinhas, pneus e outros materiais inservíveis são ótimos criadouros do mosquito da dengue.