Disfunção erétil: dúvidas mais comuns

Confira as formas de tratamento da impotência sexual e outros detalhes, no artigo de Saúde do Dr. Tarcísio Silva

Disfunção erétil: dúvidas mais comuns
Dr. Tarcísio Narcísio Silva


Impotência sexual, também chamada de Disfunção Erétil, é a incapacidade do homem em manter a ereção durante a relação sexual. Não deve ser confundida com a falta de interesse sexual, nem com as dificuldades de ejacular ou em atingir o orgasmo. A maior dificuldade no tratamento é o paciente procurar ajuda, pois muitos têm vergonha de assumir o problema. A demora no tratamento logo no início do processo impede uma boa resposta.

Cerca de 70% dos casos se devem a problemas psicológicos; os outros 30% se devem a problemas orgânicos, como de circulação sanguínea, hormonais, neurológicos, etc. As causas psicológicas são mais comuns nos homens jovens, ao passo que as causas orgânicas predominam nos idosos. 

1- Que pessoas estão mais predispostas a desenvolverem impotência orgânica?

Os principais fatores de risco são diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto, obesidade, problemas hormonais, tabagismo, uso excessivo de álcool e drogas (principalmente maconha e cocaína). Esses fatores de risco favorecem o surgimento de problemas circulatórios e neurológicos que impedem a ereção. Nos idosos são comuns vários fatores ao mesmo tempo estarem provocando a impotência, como diabetes e hipertensão além de certos medicamentos.

2- Sempre é possível tratar a impotência?

Praticamente todas as formas de disfunção erétil têm tratamento. O resultado final pode não ser perfeito, principalmente se o paciente já for mais idoso. Algum grau de melhora quase sempre é possível, mas dependerá da causa da impotência e do tempo que o paciente demorou até iniciar o tratamento.

3- Quais as formas de tratamento?

Quando a causa é psicológica, dispomos de terapias e medicações para tratar o lado emocional do paciente.

Para as causas orgânicas, o tratamento inclui o bom controle das doenças que o paciente já apresenta. Essa é a parte mais importante já que é a única forma de impedir que a impotência avance ainda mais. De nada adianta um paciente alcoólatra usar uma medicação como o Viagra, e continuar abusando de bebidas; em certo momento o álcool terá danificado tanto o sistema nervoso do paciente que a medicação não mais terá efeito. O mesmo acontece com as demais doenças como diabetes e colesterol elevado. Existem várias medicações diferentes para se tratar a impotência, desde comprimidos até medicações em gel e injetáveis.

4- Existe tratamento cirúrgico?

Sim. Atualmente dispomos do implante de próteses que permite, dependendo do tipo da prótese, resolver satisfatoriamente até 95% dos casos de impotência. É um tipo de tratamento que vem evoluindo, mas a maioria dos especialistas recomenda apenas quando as outras formas de tratamento falham.

5- É possível prevenir o surgimento da impotência?

Sim. A primeira recomendação é que as pessoas que apresentam os fatores de risco citados acima procurem o controle adequado de cada fator, como hipertensão, diabetes, colesterol e do peso. Evitar abuso de bebidas alcoólicas e tabagismo, e manter uma atividade física regular com alimentação saudável são fundamentais.

Quando o paciente começa a perceber alguma alteração em sua capacidade de ereção, o ideal é que se procure avaliação do especialista. Alguns exames são necessários para se descartar problemas hormonais, neurológicos ou circulatórios que precisam de tratamento adequado.