Doação de sangue em Arcos está em situação crítica
Redação
“Também por conta das férias e festas, a captação de sangue em Arcos enfrenta dificuldades neste mês de janeiro”. É o que informa a coordenadora da doação de sangue da Santa Casa, Adriana Perpétua Ribeiro. Ela transmitiu informações sobre a questão da doação de sangue em nossa cidade.
De imediato, ela destacou que não há falta de sangue graças ao Hemominas de Divinópolis. Adriana informa: "Quando precisamos, eles mandam. Mas, há tipos que, tendem a apresentar maior dificuldade de captação devido a serem mais raros".
A coordenadora conta que, em Arcos, são gastas de 40 a 50 bolsas de sangue de diversos tipos sanguíneos por mês e que, geralmente, há duas bolsas de cada tipo sanguíneo no estoque da Santa Casa. “Porém, hoje (25) há somente 3 bolsas de O+ e uma de O-“ – informou e acrescentou: “O Banco de Sangue da Santa Casa abastece, tanto a própria Santa Casa, quanto o Hospital Municipal São José”.
Ela destaca, ainda, que há situações especiais como a de uma jovem que consome de quatro a oito bolsas de sangue ‘fenotipado’ para tratar de leucemia. Viviane Ferreira, coordenadora de enfermagem da Santa Casa explica que o sangue ‘fenotipado’ é aquele que é produzido para casos e situações específicas.
Doação em Arcos
Adriana informa, ainda, que há de 700 a 750 pessoas cadastradas no Banco de Sangue. Porém, doadores ‘fidelizados’ são, em torno de 100. Ela explica que doador fidalizado é aquele que vem doar a cada três meses espontaneamente, enquanto que o cadastrado é aquele que ao ter feito uma doação, permanece registrado no sistema. “São poucos para a demanda, mas fazemos campanhas de captação, tal como ocorre junto às empresas. Atualmente, três empresas colaboram, liberando seus empregados voluntários para doação. Quando há uma necessidade maior faço um campanha por telefone com os cadastrados. É um trabalho ininterrupto”.
“Todas as terças-feiras pela manhã, um ônibus, fornecido pela Prefeitura leva os doadores para o Hemominas em Divinópolis” – informa Adriana. Ela, continua esclarecendo que é necessário inscrever-se na Santa Casa, com um ou dois dias de antecedência para que possamos agendar e orientar o candidato sobre a doação.
Ela conta que pode levar até 25 doadores por viagem. “Na semana passada, só consegui levar dez doadores, mas, geralmente, são de 15 a 20 pessoas”. Outra captação se dá por reposição e ela explica: “Quando uma pessoa precisa, por exemplo para uma cirurgia, o sangue é fornecido pelo Hemominas de Divinópolis. Depois eu busco os familiares para que seja feita a reposição” – e complementa: “o grande desafio é levar o ônibus cheio nas terças-feiras a Divinópolis”.
Quem pode doar
Há uma série de detalhes e cuidados prévios para quem deseja doar e eles fazem parte de um questionário aplicado pelo captador ao candidato à doação. Os principais são: ter e estar com boa saúde; estar com documento de identidade oficial e original (com foto); pesar acima de 50 kg; ter dormido bem na noite anterior à doação; não estar de jejum; estar sem fumar, pelo menos duas horas antes da doação.
Além disso, conforme o questionário, podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos, mulheres que estão menstruadas e aquelas que fazem uso de anticoncepcional.
Há situações, em que a pessoa está impedida de doar e as principais são: hepatite após os 11 anos de idade; exposição a situações de risco acrescido para doenças sexualmente transmissíveis; gripe ou resfriado (aguardar sete dias após a melhora dos sintomas); ingestão de bebida alcoólica nas últimas 12 horas anteriores à doação; aplicação de tatuagem nos últimos 12 meses anteriores à doação; tratamento dentário (a pessoa pode ser impedida de doar por um período de 1 a 30 dias, conforme o caso); e a aplicação de piercing nos últimos 12 meses anteriores à doação, sendo que, piercing localizado em área genital ou na boca, somente poderá ser liberada a doação, 12 meses após sua retirada.
Para verificar detalhadamente, basta consultar o site da Fundação Hemominas, clicando no link abaixo.
