Faltam R$ 8 mil para a arcoense Geraldina fazer a cirurgia e voltar a trabalhar

Geraldina Aparecida Rosa (57 anos), também chamada de ‘Geralda’ é uma mulher trabalhadora. Ela precisa manter sua casa, com seu marido e três filhos, dos quais, somente dois estão trabalhando e um deles precisa manter sua própria filha pequena que sofre com doença cardíaca. Eles  moram na Rua 13 de maio, no bairro São Vicente.

Como aconteceu

Geraldina trabalhava na varrição de ruas em Arcos. Mas, no momento, está impedida de trabalhar, conta apenas com o benefício do INSS. Ela teve ‘trombose’ nas duas pernas, em 2017, apesar de, segundo ela, na época, ter sido diagnosticada como reumetismo. 

O problema evoluiu, progredindo para úlcera varicosa venosa crônica na perna esquerda. “Quando eu tive a trombose, minha perna ficou ‘escura’ e foi quando fiz a cirurgia da safena, pelo SUS, em 2000, pensando que, depois da cirurgia, minha perna voltaria à cor normal. Mas, não voltou e  começaram a aparecer úlceras” – relatou, mostrando as feridas que têm surgido em seu tornozelo esquerdo.

“O médico falou que as úlceras eram 'restos de veias' e precisaria fazer aplicação de laser. Mas, eu não tinha condições de fazer” – disse, referindo-se às suas limitações financeiras.

Ela conta que, sem sucesso, consultou alguns médicos. Depois da cirurgia, ficou seis anos sem trabalhar. “Em 2006, eu 'fichei' de novo e acabei ficando (fichada) somente por um ano e meio, porque minha perna inchava demais. Nessa época eu ainda morava lá no ‘Olaria’. Naquele tempo, eu varria a [rua] Governador Valadares e até o ‘Pulo do Gato’”. Ela conta, que trabalhava para uma empresa (a ABM) que prestava serviços de limpeza para a Prefeitura de Arcos (entre 2006 e metade d 2007). Depois disso, ficou sem trabalhar.

Em agosto passado (2023), necessitando de recursos para manter sua família, especialmente diante da doença de seu esposo, Geraldina voltou à varrição pela empresa ‘Colonial’: Ela lembra: “Como estava passando muito ‘aperto’, meu marido adoentado sem poder trabalhar, as ‘coisas’ começaram a faltar em casa, eu vou tentar trabalhar”. Durante seis meses, superando as dores conseguiu fazer o serviço de varrição, até que o contrato com a Prefeitura de Arcos acabou, mas, segundo ela, ficou mais um mês e meio trabalhando diretamente para a prefeitura. Nesse tempo, ela conta de varria a rua São Geraldo, a rua Álvares da Silva e duas vezes por semana na ‘Feirinha’.

Em 13 de março, depois de uma hemorragia no pé esquerdo, durante o trabalho, sua cunhada a levou para uma consulta com o angiologista Ricardo Moura, no Hospital de Formiga. Depois de examiná-la, o angiologista indicou, como tratamento, a cirurgia e que o procedimento custaria R$ 13 mil.

Hospital de Formiga ofereceu desconto

Fazendo a consulta de retorno, em 2 de abril, ela informou ao médico que não teria recursos para arcar com a cirurgia. "Quando eu estava já desanimada, uma amiga disse para mim: “Geralda, você vai fazer essa cirurgia! Vamos fazer uma campanha pra você e conseguiremos este dinheiro. Já conseguimos ajudar muita gente. Você vai conseguir!”. 

A campanha, que iniciou no dia 19 (sexta-feira passada). Até o momento da entrevista ao Jornal CCO, na manhã desta quinta-feira (25), já havia reunido R$ 4.075,28. O valor arrecadado já é pouco mais do que um terço do valor necessário: R$ 12 mil.

Ela contou também que, depois de falar com o médico sobre sua situação financeira, ele obteve um desconto, junto ao hospital, reduzindo o preço de R$ 13 mil para R$ 12 mil.

Impedida de trabalhar

O médico cirurgião vascular, emitiu relatório em 02 de abril recomendando o afastamento de Geraldina do trabalho, transcrito a seguir:

“A paciente cima citada [Geraldina Aparecida Moura] apresenta quadro de insuficiência crônica venosa avançada (I.83.2), já com úlcera em região de lipodermatoesclerose. No momento, não possui de meios para realizar tratamento intervencionista, ainda, a condição apresenta piora, tanto dos sintomas, como da degeneração da condição do membro, com recorrência de ulcerações, quando a paciente permanece longos período de pé, situação que é inerente ao trabalho da paciente (gari).
Assim sendo, recomendo afastamento da função, até que seja realizado tratamento intervencionista do quadro”.

Com isto, ela se encontra em casa, sob tratamento medicamentoso, especialmente para a circulação sanguínea e para suportar a dor intensa, além de tratar de hipertensão e hipertireoidismo.

Ela, esperançosa e agradecida pela solidariedade, acredita que, em breve, poderá realizar a cirurgia e retomar suas atividades, especialmente, seu trabalho na limpeza das ruas de Arcos: “Este é um serviço que eu gosto de fazer. Ninguém amola a gente e foi um serviço que me serviu demais”.

Para contribuir ...

Para quem desejar colaborar com qualquer valor para Geraldina fazer a cirurgia, a chave do PIX é 06501627656 (CPF) em nome de Geraldina Aparecida Rosa.