Governo de Arcos afirma que garantirá verba para implantação do CTI

“A implantação do CTI é um compromisso do Governo com a população de Arcos e, por isso, todo o aporte financeiro necessário será dado [...]” – informa a Assessoria

Governo de Arcos afirma que garantirá verba para implantação do CTI

O CCO noticiou, na última segunda-feira (19), que a Santa Casa de Arcos apresentou, ao Governo Municipal, o Plano de Trabalho com a previsão de custos necessários para a construção do CTI (Centro de Terapia Intensiva) anexo ao bloco cirúrgico do hospital. 
A apresentação foi feita no dia 25 de janeiro, ao Setor de Contratos do Município. O gestor da Santa Casa, Carlos Magno, informou ao CCO que estão aguardando a sinalização da Prefeitura para iniciar o processo licitatório e contratar a construtora. 
Em dezembro de 2023, foi aprovado na Câmara, por meio do Projeto de Lei Complementar 045/2023, de autoria do Executivo Municipal, o repasse de R$ 2 milhões à Santa Casa de Arcos, pela Prefeitura, para investimento na obra do CTI. No entanto, Carlos Magno informou ao CCO que para garantir uma estrutura pronta e com os devidos equipamentos, será necessário pelo menos mais R$ 1,6 milhão (R$ 1.612.454,93), que é o valor estimado para a compra de parte dos equipamentos médicos. 
Com os R$ 2 milhões já aprovados, mas que ainda não foram depositados, pretende-se investir, em Intervenções Civis, o valor de R$ 987.636,09 (novecentos e oitenta e sete mil e seiscentos e trinta e seis reais e nove centavos); em Sistema de Climatização, R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais); em equipamentos médicos hospitalares, R$ 412.363,91 (quatrocentos e doze mil e trezentos e sessenta e três reais e noventa e um centavos).

Governo Municipal – Na manhã de ontem (22), o CCO enviou mensagem à Assessoria de Comunicação do Governo Municipal, perguntando se o Plano de Trabalho apresentado pela Santa Casa foi aprovado e se o Município irá garantir o repasse de todo o valor necessário. No mesmo dia, a Assessoria enviou a seguinte Nota à Redação: “No dia 25 de janeiro, a Santa Casa apresentou o Plano de Trabalho incompleto. Os documentos faltantes foram encaminhados ontem (21), junto com correções. No entanto, os documentos seguem com falhas e serão reencaminhados à Santa Casa para uma nova correção. Em relação a recursos, a implantação do CTI é um compromisso do Governo com a população de Arcos e, por isso, todo o aporte financeiro necessário será dado para a concretização desse importante projeto”.
Hoje, dia 23, pela manhã, o gestor da Santa nos relatou que, até aquele momento [09:47], não havia recebido nenhuma diligência formal sinalizando documentos faltantes no Plano de Trabalho apresentado ao Setor de Convênios da Prefeitura. Ele acrescentou: “O que ocorreu, no dia 20/02/2024, terça-feira, após uma reunião com o prefeito Baiano, foi uma alteração na distribuição dos valores contidos na primeira versão do Plano de Trabalho apresentado no dia 25/01/2024”. 
Carlos também informou que ontem, dia 22, a Santa Casa respondeu formalmente, por meio de ofício ao Setor de Convênios da Prefeitura, sobre a necessidade de aquisição de equipamentos médicos/hospitalares para a implantação do CTI. “Essa justificativa se fez necessária para evidenciar que os equipamentos adquiridos durante o enfrentamento da pandemia de Covid estão todos em uso em nossa instituição. Alguns, inclusive, foram emprestados ao Pronto Atendimento São José, atendendo a pedido da Secretaria Municipal de Saúde”, explicou Carlos, que, junto ao ofício, encaminhou um inventário dos equipamentos e os termos de empréstimos ao Município.



“[...] Desde que eu entrei, o pessoal achou que todos os equipamentos que tinham sido comprados estavam parados, jogados. Isso nunca aconteceu! Esses equipamentos estão alocados em várias unidades do hospital” – afirma o gestor da Santa Casa, Carlos Magno, que assumiu o cargo em outubro de 2022

Carlos Magno comentou com o CCO que circula uma falsa informação na cidade, “de que todos os equipamentos que tinham sido comprados estavam parados e jogados”. Ele salientou: “Isso é um folclore, desde que eu entrei, o pessoal achou que todos os equipamentos que tinham sido comprados estavam parados, jogados. Isso nunca aconteceu! Esses equipamentos estão alocados em várias unidades do hospital”.
Ele disse que o bloco cirúrgico foi ampliado e os equipamentos estão sendo utilizados. Informou que antes eram duas salas cirúrgicas e hoje são quatro. “A gente não tinha sala de Recuperação Pós-Anestésico (RPA). Hoje temos cinco leitos de RPA. Então, monitor multiparâmetros, bomba de infusão, carrinho de parada, estão todos sendo utilizados na Santa Casa. O pessoal acha que se montar o CTI podia usar esses equipamentos, mas esses equipamentos foram absorvidos pelo hospital”.
Além disso, muitos foram emprestados para o Pronto Atendimento São José. “As duas Salas Vermelhas que existem lá hoje são equipamentos da Santa Casa. Está tudo registrado, com documento de cessão, com data para entregar, podendo renovar empréstimo. Está tudo documentado no Ministério Público [...]”. Também já emprestaram camas, colchões e bombas de infusão para o Pronto Atendimento “São José”.
O gestor da Santa Casa disse que o único equipamento da Santa Casa que não está sendo utilizado é o de hemodiálise, mas o mesmo está guardado e está sendo feita a manutenção preventiva dele. “A gente vai usar ele quando for fazer o CTI. Tanto é que não está contemplado no Plano de Trabalho, a compra desse equipamento”, explicou. 
Portanto, para implantar o CTI é necessária a aquisição de novos equipamentos. “Não há como desmobilizar, para colocar no CTI. Não existe má gestão do dinheiro público dentro da Santa Casa”, declarou Carlos Magno.
Sobre a questão dos documentos, ele comentou: “Caso o Setor de Convênios nos sinalize formalmente a necessidade de alguma documentação ou informação adicional, iremos proceder com todos os esforços para atendermos a essa demanda”. 
Também é importante ressaltar que ainda deverão ser acrescentados recursos para implantação. O custo mensal de manutenção do CTI, considerando a contratação de profissionais, prestação de serviços e aquisição de materiais e medicamentos é de algo em torno de R$ 450 mil a R$ 500 mil mensais. “Esse valor precisará ser custeado pelo Poder Executivo até a habilitação do serviço junto ao Estado de Minas Gerais”, destacou. 
O CCO continuará atento às novas informações, mantendo nossos leitores atualizados.

Necessidade de parcerias 

Em matéria postada em nosso site no dia 2 de setembro de 2023, produzida a partir de informações obtidas com o gestor Carlos Magno, informamos que a tabela de remuneração dos procedimentos realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) não é suficiente diante dos custos fixos e variáveis da instituição. Segundo relatou, os valores praticados nessa tabela estão sem reajuste desde 2003.  Essa é uma justificativa pela qual a unidade de saúde precisa de parcerias e programas Municipais, Estaduais e Federais, “sendo impossível a manutenção dos serviços ofertados apenas com recursos próprios”. Mesmo com a redução de custos que Carlos adotou, a Santa Casa não se sustenta.