Governo Municipal toma providências para retorno dos atendimentos na APAE em Arcos

As chuvas de dezembro e janeiro danificaram o telhado da sede da APAE em Arcos (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), causando infiltrações que danificaram cinco computadores, além de terem resultado em “mofo” e prejudicado a qualidade do ar em todo o segundo pavimento.

Mofo prejudicando a qualidade do ar

As salas mais atingidas foram as de atendimentos especializados: psicologia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, atendimentos aos autistas severos, fisioterapia, assistência social. 

Paredes e tetos mofados pelas chuvas

Na tarde de hoje (1º de fevereiro), o CCO falou com diretora da associação, Marlene Costa, que é neuropsicopedagoga e especialista em Educação Especial e Inclusiva. Em busca de auxílio para a reforma, que foi orçada em R$ 30 mil, no mínimo, Marlene recorreu à Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Integração Social e também enviou mensagem e vídeo ao prefeito de Arcos, Claudenir Melo, mostrando a situação do prédio. 

Diretora da APAE: Marlene Costa

Diante do relato, o CCO enviou mensagem ao prefeito, hoje, perguntando se o Governo Municipal irá tomar providências. Ele está em Belo Horizonte, na Assembleia Legislativa, junto ao presidente da Câmara, Ademar Medeiros (Sorriso). Claudenir Melo disse que os secretários municipais de Obras e Planejamento foram à APAE agora à tarde – para uma análise – e irão providenciar ações paliativas, a princípio, para que os atendimentos voltem a ser realizados. “Esse trabalho emergencial será feito, a partir de amanhã, por profissionais da própria Prefeitura”, afirmou e acrescentou que, em seguida, serão adotadas as providências administrativas legais para que seja feita a troca do telhado – que é de amianto – para uma cobertura metálica. Detalhou que a equipe da Prefeitura irá remover os mofos causados pelas infiltrações e vazamentos; e também realizará a pintura. 

Maior parte do repasse anual da Prefeitura é utilizado para custeio do transporte de usuários

A APAE presta assistência a 110 usuários. Recebe subvenção da Prefeitura, mas, em 2022, apenas o serviço de transporte dos assistidos consumiu 70% do valor.  Para cobrir as demais despesas, a entidade recebe doações da população, por meio do serviço de Telemarketing, além de realizar eventos. Os últimos recursos angariados, inclusive por meio da realização de um leilão, almoço e rifa, no ano passado, assim como doações, foram utilizados para colocar as contas em ordem. Portanto, a entidade não tem recursos para investimento em reforma, nem mesmo emergencial.

Outras necessidades da APAE

A diretora disse ao CCO que a associação precisa de materiais de trabalho, como, por exemplo, destinados aos atendimentos de fisioterapia. 

Os computadores que foram danificados pela chuva, caso não possam ser recuperados, também terão que ser substituídos.

O repasse de recursos financeiros da Prefeitura para a APAE, referente a 2023, ainda não foi aprovado. Devido a esse fator, a instituição também está sem alguns profissionais que atendem no primeiro pavimento. 

Dentro do plano de trabalho, a partir do momento em que o recuso for liberado, deverão ser feitas as devidas contratações. Por enquanto, decidiu-se, em reunião, que a equipe técnica, a exemplo de psicóloga e fonoaudióloga, irá se organizar para viabilizar uma forma de voltar a receber os usuários, temporariamente, no primeiro pavimento, até que o segundo pavimento possa ser utilizado. 

Outra necessidade, confirma a diretora, é de um repasse maior por parte da Prefeitura, para melhorar a remuneração dos especialistas. “O salário de toda a equipe técnica é muito baixo”, comenta Marlene Costa. Ela completa dizendo que existe uma lista enorme de espera por atendimentos, uma vez que não está sendo possível atender a toda demanda. 

Pedido de ajuda divulgado em redes sociais 

Está sendo divulgado, em redes sociais, um banner com a logo da APAE e a frase “SOS APAE”, solicitando ajuda para a instituição. Marlene informa que essa necessidade é real, mas que a divulgação não foi uma iniciativa da diretoria da APAE e nem de funcionários. “Não desaprovamos, de forma nenhuma, porque é necessário”, salientou.