Idosa de Arcos precisa de ajuda para tratamento

Sônia, de 64 anos, não se comunica, nem se alimenta desde fevereiro, depois de uma crise convulsiva

Idosa de Arcos precisa de ajuda para tratamento
Sônia e a filha Rejane (foto: jornal CCO)

Sônia de Fátima, de 64 anos, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) há 14 anos, mas até dezembro de 2023, vivia em boas condições, conforme relata sua filha Rejane (35 anos). No final de dezembro, ela teve uma infecção urinária que, sob orientação da equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS), foi curada com um tratamento na própria residência.

“Minha mãe teve uma vida normal, lúcida, apesar de mobilidade limitada, até esta infecção. Depois do AVC, ela perdeu a movimentação das pernas e, desde então, está somente na cama.” – relatou a filha Rejane, que tem vivido, diariamente, em função da mãe de sua família: seu esposo e dois filhos menores.

Desde fevereiro passado, depois de uma segunda infecção urinária e uma crise convulsiva, Sônia parou de se comunicar e se alimentar, o que vem exigindo cuidados e alimentação especiais que a família não tem condições financeiras para suportar.

O Jornal CCO, tomando conhecimento do caso, esteve na casa da família, no bairro Floresta, onde pode ver a idosa e entrevistar Rejane, a filha, para saber o que estava acontecendo.

Segunda infecção urinária e crise convulsiva

A filha conta que, no final de janeiro, sua mãe teve uma febre alta e no dia 1º de fevereiro de 2024, sua mãe foi levada ao Hospital Municipal São José, onde, depois de exames, a infecção urinária foi constatada, sendo encaminhada para internação na Santa Casa de Arcos, no dia seguinte. 
“Internada na Santa Casa, no dia 04 [fevereiro], ela teve uma crise convulsiva e foi medicada. Depois desse dia, ela não acordou mais. Ela só dorme” – conta Rejane. A filha continua explicando que, diante do quadro, no dia 06 de fevereiro, sua mãe, Sônia, teve que colocar uma sonda para alimentar-se.

“No dia 08 de fevereiro, ela teve alta para seguir o tratamento em casa. Antes, ela foi avaliada por fonoaudióloga que disse que Sônia precisava manter a sonda, pois estava muito sonolenta”. Conforme a fonoaudióloga, a idosa teria que recobrar a consciência para permitir a retirada da sonda, segundo o relato de Rejane.

Rejane também conta que para a alimentação recebeu orientações de uma nutricionista e apresentou receitas e prontuários hospitalares, comprovando todo o relato.

Segundo Rejane, a situação de sua mãe, após a crise, sua mãe foi medicada solucionando a crise. No entanto, passada a situação, a idosa não voltou a comunicar-se, permanecendo sonolenta. Rejane diz que, a informação dada pelo hospital é de que, em decorrência da infecção urinária, a recuperação seria mais lenta, precisaria mais tempo.

Rejane faz questão de destacar: “Não tenho o que reclamar sobre os médicos e o atendimento recebido nos hospitais. O que preciso é de ajuda para poder tratar da minha mãe”.



Para o atendimento do fisioterapeuta, Rejane diz que encaminhou os documentos no ‘postinho’ no dia 9 de fevereiro e está aguardando a visita. “Minha mãe precisa fazer fisioterapia, mas não temos dinheiro para pagar. Precisamos aguardar”. Mas, segundo Rejane,  o médico e a nutricionista do posto de saúde já estiveram visitando sua mãe.

Cuidados e alimentação especiais deixam a família em dificuldades financeiras

“Minha mãe precisa tomar banho, na cama, com sabonete especial, três vezes ao dia. Ela precisa consumir uma alimentação especial. Por isso, eu entrei na Justiça, para conseguir a dieta dela que é muito cara. Cada caixa da dieta são quase R$ 40,00”.

A alimentação é uma fórmula padrão para nutrição enteral e oral, conhecido como ISOSOURCE SOYA 1.5 da marca Nestlé e Sônia necessita 40 caixas da dieta por mês. “Enquanto ela estiver na situação em que está, esta é a dieta”, diz Rejane. Segundo a filha, o preço mais barato encontrado são R$ 1.500,00 para as 40 caixas do alimento.

Rejane diz ainda que, além da dieta especial, necessita de materiais para dar banho na mãe, lavar as roupas da família, e materiais de higiene. “Recebo alguns itens para a minha mãe do posto de saúde, mas não são em quantidade suficiente”.

Rejane conta que está tentando solucionar as despesas a cada dia e tem recebido a ajuda de algumas pessoas que se sensibilizam com a situação. Mas, as contas estão acumulando: o aluguel de R$ 600, já está atrasado um mês e as contas de luz e água dois meses, totalizando mais de R$ 600. Rejane teme que a energia e a água sejam cortadas, inclusive porque sua mãe utiliza um colchão inflável que necessita um compressor ligada permanentemente à rede elétrica. A propósito, Rejane também aceita doações em roupas de cama que, com muitas lavagens estão se deteriorando.

Por isso, Rejane faz um apelo à solidariedade dos arcoenses para conseguir, especialmente a alimentação para sua mãe, pelo menos até que a justiça decida em favor de seu pleito e passe a receber a dieta gratuitamente. Ela diz que doações em dinheiro serão bem-vindas e ajudarão tanto para comprar a dieta especial, quanto para colocar as contas em dia. Para quem quiser ajudar, ela diz que a chave do PIX 37998209779 e, desde já agradece.

Enfim, este é mais um desafio à solidariedade arcoense.