Incêndio em casa no Residencial Hilda Borges em Arcos 

 “Não tenho noção de quanto que vai ficar e nem como que vamos poder arrumar”, diz a moradora Daniele Lima; ela e o marido têm quatro filhos 

A costureira Daniele Cristina Batista da Cruz Lima estava lavando roupas com a ajuda de uma das filhas, por volta de 13h30 de domingo (31 de dezembro de 2023), quando viram o incêndio. Um vizinho ajudou a alertar o menino de 15 anos, que estava dormindo e não percebeu o que havia ocorrido.


Não houve feridos e ninguém inalou fumaça, mas a casa está interditada devido ao risco de desabamento. Os fornecimentos de água e energia elétrica estão interrompidos, os canos foram queimados e o padrão foi desligado.
É necessária a reconstrução do telhado, porque o fogo atingiu toda a estrutura de madeiras e destruiu o forro. A caixa d’água e uma janela também foram atingidas; um vidro da porta foi quebrado.

O CCO falou com Daniele na manhã de hoje (2 de janeiro de 2024). Ele acredita que tudo tenha começado na cozinha, porque havia deixado o arroz cozinhando, enquanto lavava a roupa. “O vento estava forte e eu acredito que empurrou o fogo pra um armarinho que ficava ali e onde estava um pano de prato. Quando a gente viu, o fogo já tinha subido, alastrou da cozinha para a sala e o banheiro. Só meu quarto que não foi atingido”, relata.

 
Na pequena casa, localizada no Residencial Hilda Borges de Andrade, moram o casal Daniele e Vinícius Augusto de Sousa, além dos quatro filhos: dois meninos (de 19 e 15 anos) e duas meninas (de 16 e 13 anos). Daniele, o marido e o jovem de 19 anos têm emprego, mas a renda é insuficiente para assumir gastos com a reconstrução da moradia no momento. Vão recorrer à Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Integração Social. Enquanto aguardam ajuda, a família está ficando no local de trabalho de Daniele, que é um galpão onde funciona uma cooperativa de costura. Estão dormindo em colchões.

Ela trabalha na cooperativa há seis meses, junto a cinco pessoas. São remunerados por produção. Recebem os moldes e o material, ficando responsáveis pela costura. Quando há recessos, ficam sem produzir e sem renda.  “Em dezembro, parou por volta do dia 20 e ainda não voltou”, comenta.

Como ajudar a família?

“O que está me doendo mais é eu não poder ficar aqui com minha família, mas, graças a Deus, ninguém machucou. [...] Não tenho noção de quanto que vai ficar e nem como que vamos poder arrumar. Vou procurar a Prefeitura, porque preciso”, diz a dona da casa.

 
As maiores necessidades da família, no momento, são a reconstrução da cobertura da casa, incluindo o forro; o conserto das instalações elétrica e hidráulica; a instalação da janela e o conserto da porta da sala, para que a família possa voltar. “O bombeiro pediu pra não ficarmos aqui, porque atingiu a estrutura. Os bombeiros me aconselharam sobre a necessidade de reconstruir o telhado porque, com as chuvas, a situação pode ser agravada”.

Outras necessidades: “Na cozinha, eu perdi tudo... minha compra do mês – que eu tinha feito no sábado, meu fogão, forno, copos, pratos, meu botijão de gás e geladeira estragou”. Ela perdeu todos os utensílios e eletrodomésticos.

 

Quem puder colaborar, com alguma doação, fale diretamente com Daniele: (37) 9 9942-3884

Família de fé, na noite de domingo o casal e os filhos foram para a igreja evangélica onde frequentam, para agradecerem a Deus por não terem sido atingidos pelo fogo e nem pela fumaça.