Maria dos Santos precisa de ressonância magnética; caso se arrasta há meses em Arcos

Ao questionarmos à Secretaria de Saúde, Tiago Carvalho encaminhou formulário, pelo qual o exame foi marcado para hoje, 4 de dezembro, no Hospital São João de Deus, em Divinópolis.

Maria dos Santos precisa de ressonância magnética; caso se arrasta há meses em Arcos
Leilane e sua mãe Maria

Maria Alves dos Santos, de 59 anos, trabalhava no serviço de faxina, antes de sofrer um acidente há quase um ano e cinco meses. O marido dela, Antônio, é aposentado e sofre da Doença de Parkinson. Eles residem no bairro Floresta. Ela é natural de Mato Grosso e ele, de Arcos.

Maria precisa ser submetida a uma ressonância magnética e a família não tem recursos financeiros para custear o exame. O caso se arrasta há meses, sem previsão de solução. Ela foi entrevistada, na manhã de quinat-feira (30/11), pelo CCO na casa da filha dela, Leilane Alves dos Santos, que mora no ‘Floresta 1’ e tem acompanhando a mãe para tentar resolver a situação.

O acidente

Maria conta que vinha se deslocando em sua ‘motinha’ pela avenida Dr. João Vaz Sobrinho (Sanitária), quando, ao passar por um quebra-molas, foi surpreendida pelos raios do sol. Sem poder enxergar, chocou-se com o automóvel que vinha à sua frente, desequilibrou-se, caiu e a motocicleta caiu sobre sua perna esquerda. Resultado: fêmur quebrado. O acidente aconteceu em 7 de julho de 2022.

Em busca de recuperação

A filha dela, Leilane, acompanhou a entrevista. Ela disse: “Ficaram 11 dias para descobrir a fratura. Eu que descobri que ela havia quebrado o fêmur”. Maria conta que, quando se acidentou, foi atendida no Hospital São José. Segundo ela, fizeram uma radiografia, foi medicada, receitaram analgésico e disseram que ela poderia ir para casa.

Com 11 dias sentindo dores intensas, ela diz que retornou ao ‘São José’, quando foi feita uma tomografia, constatando a fratura no fêmur. “Eu não comia, não dormia... de tanta dor”.

Diante da descoberta, ela foi internada na Santa Casa de Arcos para uma cirurgia que, segundo ela, não pôde ser realizada por falta de material. Foi transferida ao Hospital São João de Deus em Divinópolis, o que aconteceu três dias depois de sua internação na Santa Casa.

Em 18 de julho de 2022, 11 dias depois de ter sido marcada pela primeira vez na Santa Casa de Arcos, a cirurgia no fêmur foi realizada, no ‘São João de Deus’, em Divinópolis, com indicação de retorno sete dias depois, para a retirada dos pontos.

Não conseguiu atendimento de fisioterapia na Fumusa

Após a retirada dos pontos, consultou novamente no ‘São José’. Daí, Maria conta que teve início uma sucessão de radiografias. Naquele período, por três meses ficou em cadeira de rodas, depois usou andador, sofrendo de dores e inchaço no joelho esquerdo. Até contratou uma fisioterapeuta, depois de, segundo ela, tentarem, sem sucesso, agendar com fisioterapeuta na Fumusa. “Juntamos a família dela (que é de Mato Grosso) e algumas pessoas daqui de Arcos para pagar a fisioterapia. Deveria ter continuado, mas paramos, porque não tínhamos condições de continuar pagando”, lembra Leilane.

Foi então que, no ‘São José’, disseram que seria necessária uma ressonância, porque radiografias e tomografias nada apresentavam que justificasse as dores no joelho esquerdo. O que acontece é que o custo de uma ressonância magnética varia de R$ 830 (em Formiga) a R$ 800 a 900 em Divinópolis.

Além da limitação financeira, Maria não tem condições de se deslocar em automóvel, por conta das dores que sente, pela movimentação do veículo.

“Aqui [Arcos], nem comprimido para a dor passam para eu tomar. Um dia, quando estava sentindo muita dor, voltei ao ‘São José’ e o médico aplicou injeções. Fiquei bem por três ou quatro dias”.

Não bastasse o problema no joelho, após a cirurgia, Maria passou a tomar remédios para hipertensão.

Leilane disse que o primeiro pedido de ressonância foi em agosto deste ano, quando recorreu ao secretário municipal de Saúde, Tiago Carvalho, que já havia conseguido a tomografia. Segundo elas, ele disse que iria conseguir a ressonância. “Agora, ele nem responde minhas mensagens e minha mãe já mandou mensagem para o prefeito Baiano, mas que também não responde” – disse Leilane, mostrando as mensagens enviadas pelo aplicativo.

Maria contou que, na terça-feira (28), esteve na Fumusa, por orientação do diretor executivo do ‘São José’, Tetê Diniz. Leilane disse: “Minha mãe foi atendida, pegaram seus dados, o número do telefone e falaram que iriam entrar em contato”.

Exame marcado

Na tarde de quinta-feira (30 de novembro), em resposta ao questionamento do CCO, o secretário Tiago Carvalho, da Saúde, encaminhou imagem de formulário onde consta que a ressonância magnética do joelho esquerdo está marcada para a próxima segunda-feira, 04 de dezembro, ao meio-dia. Ele afirmou que o exame será realizado no Hospital São João de Deus, em Divinópolis, que havia sido marcado no dia 28 de novembro e que o transporte será feito pela Prefeitura de Arcos.

Leilane ficou surpresa e agradecida com a informação transmitida pelo CCO. Ela desconhecia o agendamento, até aquele momento. Depois, a Fumusa confirmou e orientou sobre o procedimento.

De acordo com Leilane, hoje (04/12), sua mãe, Maria, deslocou-se a Divinópolis para arealização do exame, agendado para as 12 horas. Até o momento, a filha não tinha informação sobre o procedimento.