Materiais depositados no estacionamento do parque aquático em Arcos levam poeira para residências

Jul 29, 2024 - 17:28
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Materiais depositados no estacionamento do parque aquático em Arcos levam poeira para residências
Imagem registrada por moradora do bairro Sol Nascente


O Portal CCO conversou com dois moradores da rua Homero Gomes Rodrigues, bairro Sol Nascente em Arcos, que são prejudicados pela poeira gerada por atividades da Prefeitura na área de estacionamento do Parque Aquático Municipal, que fica em frente a essa via.

Esta matéria foi sugerida por um dos residentes. Na tarde de sexta-feira, 26, o Portal CCO foi até o local para registrar as imagens. Um operador de máquinas estava trabalhando no local, descarregando terra. Logo em seguida, entrou um caminhão.

O técnico em segurança do trabalho Vinícius Lélis é um dos moradores afetados. Ele enviou mensagens à Redação do CCO relatando o problema e afirmou que a movimentação por ali acontece diariamente, deixando as residências empoeiradas. “Já mandei mensagem para o secretário de Obras e nada mudou. Falam que vão mandar caminhão-pipa, mas não mandam como deveria; e caminhão-pipa não resolve tudo. Ali não é lugar desse tipo de depósito”.

Vinícius descreve que o estacionamento do parque aquático se tornou, aparentemente, um depósito de materiais da Prefeitura. Disse que no local estão manilhas de concreto e também ocorre a produção de “mata-burros”, o que não gera problemas. Ele explica que o problema é causado, principalmente, pelo armazenamento de brita fina: “Chega uma carga de brita e os caminhões depositam tudo lá. Depois, os operadores de máquinas abastecem outros caminhões e levam isso para algum lugar [...]. Também tem armazenamento de entulhos como paralelepípedos [misturados com terra]”. Ele questiona o porquê desse armazenamento nesse local, que é uma área urbana.

Essa movimentação de caminhões e máquinas deixa “nuvens de poeira” naquele ambiente e esse pó chega até as residências mais próximas. Isso está acontecendo há aproximadamente um ano, mas a situação piorou nos últimos dois meses, segundo foi informado ao CCO.

Doze caminhões 

Outra residência que fica bem em frente ao estacionamento é a do aposentado Antônio Inácio Filho, 70 anos. Quando chegamos à rua Homero Rodrigues, na sexta-feira (26), ele logo disse ao Portal CCO:  “Ontem, quinta-feira (25), vieram uns 12 caminhões e descarregaram moinha e brita”. Ele mostra os materiais armazenados.

A esposa de Antônio aponta a poeira na entrada da casa dela e diz que tem crianças com febre e gripadas na vizinhança. Ela acredita que os resíduos estão causando os problemas respiratórios.

A moradora mencionou, ainda, que a capina só é feita quando moradores reclamam, o que é preocupante, segundo ela, porque já apareceram cobras por perto. Falou, também, da falta de iluminação nas proximidades da entrada, onde “entra quem quer”, inclusive à noite.


Secretário de Obras diz que problema será resolvido 

Hoje, segunda-feira (29), o Portal CCO telefonou para o secretário municipal de Obras, Daniel Mendonça. Ele disse que a partir de hoje já deixaram de descarregar lá e que os materiais estão sendo retirados conforme a necessidade da Prefeitura.

Acrescentou que em decorrência da falta de chuvas, a poeira está afetando também outras regiões da cidade e que dois caminhões-pipas estão molhando essas localidades. 
Daniel mencionou obras de asfaltamento na cidade: no Nova Morada II (sentido aterro sanitário e cachoeira Usina Velha) e bairro Esplanada, sentido comunidade Cristais, onde a entrada foi asfaltada.