MOBILIDADE URBANA

MOBILIDADE URBANA

Para quando você estiver atrasado para um compromisso, procurando por uma vaga para estacionar no centro de Arcos, ou  travado em algum engarrafamento, com motoristas à sua frente parados em fila dupla para pegarem os filhos em alguma escola, ou sem poder sair de casa porque a garagem está bloqueada por alguém que parou o carro "rapidinho só para ir ali", fica a dica: aproveite seu precioso tempo com paz no coração e reflita sobre o que pode ser feito e como você pode contribuir para que a MOBILIDADE URBANA melhore no lugar em que vivemos.

A cidade "se movimenta" com as pessoas em trânsito, se deslocando pelos espaços urbanos, por razões pessoais, econômicas e sociais.

Para que este deslocamento diário, contínuo, seja dinâmico, satisfatório e sustentável, é preciso haver um conjunto de infraestruturas, logísticas e, claro, uma participação ativa de cada um de nós, afinal, são as pessoas que compõem o fluxo e movimento diário de um ponto a outro da cidade.

Talvez muitos não saibam que tudo isso tem à ver com o conceito de mobilidade urbana, que vem sendo uma pauta cada vez mais presente nas discussões sobre os centros urbanos, independente de se tratar de uma megalópole, ou uma cidade do interior.

Cada vez mais as pessoas transitam e interagem com o meio. Pessoas vão ao trabalho, à academia, ao mercado, ao hospital, etc., ou, simplesmente, saem para passear e espairecer. E vão de carro, a pé, de bicicleta, de cadeira de rodas, a cavalo, são inúmeros os meios de transporte e deslocamento que as pessoas utilizam em nossa cidade.

Embora essa atividade seja tão óbvia e rotineira, nem sempre é tão simples.

Qual é a melhor forma de ir e vir? Como otimizar o tempo? Como diminuir a poluição? Como fazer do espaço de convívio um lugar mais harmonioso e agradável? A cidade foi planejada para comportar tantos veículos como o que temos hoje? E como será no futuro?

O relevo, as condições de vias e acessos e, principalmente, os meios de transportes disponíveis influenciam, diretamente, a condição da mobilidade e, consequentemente, impactam na qualidade de vida das pessoas.

Para melhorar as condições da mobilidade urbana é preciso haver, além de uma tratativa técnica e eficiente por parte do poder público, a participação consciente de cada indivíduo.

Analisar as possibilidades de trajeto, as distâncias, definir como e com o que se deslocar, programar o horário, é essencial para estabelecer a melhor condição para cada situação, porque, dependendo das variáveis, pode ser que a opção de ir à pé seja, além de mais saudável, mais rápida.

O uso racional do carro é, certamente, o fator mais importante para iniciar qualquer debate.

O carro é um bem material valioso, uma conquista do proprietário, que dá conforto e comodidade, que todos têm pleno direito de possuir e usar. Contudo, o carro acaba se tornando um objeto que individualiza o trânsito, gerando desvantagens para o interesse coletivo.

Ir à pé, ou de bicicleta pode ser mais rápido -- além de mais barato e saudável -- dependendo do destino escolhido e da necessidade do deslocamento.

Em Arcos, assim como qualquer outra cidade do mundo que preze pela qualidade de vida, é preciso discutir o tema.

Já pensou à respeito? Ou você é só mais um que para em fila dupla, que atrapalha o trânsito, que se enfurece, buzina e reclama que o trânsito está cada vez pior?

Lembrando que a Política Nacional de Mobilidade Urbana – PNMU (Lei Federal nº 12.587 de 2012) determina que os municípios com mais de 20 mil habitantes são obrigados a possuir o Plano de Mobilidade Urbana como condição para receber recursos orçamentários federais destinados à mobilidade urbana.

Arcos é um desses casos, e consta na lista de municípios obrigados para tal. 

O prazo legal para isso, 12 de abril de 2023.

Será que dá tempo? Já se iniciaram os debates e audiências públicas para discutir o tema? Ou será uma política para “inglês ver”, enfiado goela abaixo da população, como no caso do nosso Plano Diretor. Ou ainda, deixaremos de ter um importante instrumento de políticas públicas de mobilidade urbana e deixar de receber recursos financeiros, tão escassos, para investimentos nesse tema.

COLETIVO ARCOS SOCIOAMBIENTAL – CASA

Júnio Rabelo Amorim Cândido dos Santos

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