Moradora do ‘Califórnia’ reclama da iluminação, falta de limpeza de lotes e da área pública

O Residencial Califórnia é outro lugar de Arcos que o Jornal CCO apresenta em sua série Bairros de Arcos. O ‘Califórnia’ está ao sul da zona urbana da cidade e faz limite com os bairros Esplanada e Castelo. Também está delimitado pelas ruas Novo Horizonte, Mozar Estevan e Vereador Cláudio Albuquerque.

Elias Veloso, vice-presidente do Sindicato Rural de Arcos e morador do Esplanada, conta que as terras eram de um arcoense chamado ‘Zé Fumeiro’. Lécio Rodrigues de Sousa, ex-prefeito, diz que o terreno foi adquirido no segundo mandato do ex-prefeito Plácido Ribeiro Vaz (que morreu no último dia 11 de novembro).

O Residencial Califórnia foi construído no terceiro mandato de Plácido Vaz. “Para construir o residencial, na composição do projeto, a Prefeitura entrou com a área e infraestrutura, enquanto a Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (COHAB), com a construção das casas destinadas a pessoas de baixa renda” – lembrou Lécio.

São seis ruas que demarcam e cortam o pequeno bairro, formando cinco quarteirões. A rua que une os bairros Califórnia e Esplanada é a Novo Horizonte. O Esplanada é que oferece ao Califórnia toda a estrutura de comércio e serviços.

Há 15 anos no Califórnia

Para falar sobre o bairro, entrevistamos Lucirlene da Silva (‘Leninha’) na manhã de quarta-feira (22 de novembro). Ela é nascida em Iguatama e veio morar em Arcos há mais de 30 anos. “Logo que me casei, vim para Arcos, morei na rua Augusto Lara, depois no bairro Brasília e, daí, ‘Deus me deu esta casa’, uma bênção, e eu vim morar aqui no Califórnia em 2006".

Ela não se recorda quantas pessoas já residiam no bairro, quando chegou, mas foi uma das primeiras moradoras. Comprou a casa da COHAB. “Está praticamente paga” – relata D. Leninha, com alegria e agradecida por ter sido beneficiada pelo programa do Governo Estadual e, por isso, agradece a Deus, pois, segundo ela, jamais imaginava que um dia teria sua casa própria.

Ao pesquisarmos na Internet, localizamos a matéria intitulada: “Cohab entrega casas populares a famílias de baixa renda de Arcos” – nota publicada pela Agência Minas em 26/04/2006. A notícia informa que o Governo do Estado estava inaugurando o Conjunto Habitacional Residencial Califórnia, atendendo 44 famílias que recebiam de um a três salários mínimos. A iniciativa fazia parte do programa ‘Lares Geraes – Habitação Popular’, que também inaugurou o ‘Nova Morada II’ no mesmo semestre daquele ano, beneficiando outras 106 famílias.

Leninha diz que quando foi morar no Califórnia, estava tudo pronto: água, luz, esgoto, ruas pavimentadas e iluminação. A moradora comenta que tudo continua bem: não falta água, nem luz nas casas, o esgoto funciona bem, mas a iluminação pública está deixando a desejar.

Iluminação é ruim

“Há lugares que à noite fica um breu. As lâmpadas ficam piscando até desligar” – diz Débora, filha de Leninha, que mora no bairro Esplanada e que acompanhou a entrevista. Esta é uma reclamação, pois acaba gerando uma sensação de insegurança que, inclusive, a deixa receosa de sair de casa, quando não a impede de ir à rua, depois de escurecer. “Na minha rua fica escuro mesmo. Falta manutenção nos postes. Os vizinhos já reclamaram, mas...” – relata Leninha.
Quanto à segurança pública, ela diz: “A polícia quase não passa. Até nem tem necessidade de polícia, pois é muito tranquilo”.

Limpeza

“Todos cuidam, é bem limpo e o lixo também é recolhido, regularmente, três vezes por semana. Mas, os lotes particulares e a área verde que margeia a rua Cláudio Albuquerque estão muito sujos. Do mato saem até aranhas grandes” – conta Leninha.

Serviços públicos

Sobre a infraestrutura, Leninha comenta que os serviços estão todos no bairro Esplanada: a escola municipal Yolanda Amorim de Carvalho e o posto de saúde do bairro Esplanada. “O transporte público passa somente no Esplanada, mas é pertinho”. Não tem creche no Esplanada.

Atendimento não é bom

Outra reclamação é sobre o posto de saúde. Tanto Leninha, quanto Débora, reclamam do atendimento que, segundo elas, já foi bom demais, mas está muito ruim. Os remédios elas mesmas adquirem, desistem de ficar esperando. “As meninas eu nem levo no postinho” – afirma Débora, falando de suas filhas pequenas. Leninha diz que o atendimento precisa melhorar muito.