Moradores gostam do Eldorado, mas falta de água e iluminação pública são problemas

Mais um lugar apresentado pela Série Bairros de Arcos

Moradores gostam do Eldorado, mas falta de água e iluminação pública são problemas
Norandir e Carminha, os primeiros moradores (foto: Jornal CCO)

Eldorado é mais um dos lugares apresentados pela série Bairros de Arcos. Para quem se desloca pela MG-170, descendo pela rua Azor Vieira de Faria, quando chega na rua Antônio Teixeira, entra no bairro Eldorado.

É um bairro de trabalhadores, de gente simples de classe média, onde, encontramos poucos idosos, conforme a bambuiense, Jacira Aparecida Santos (59 anos), da Mercearia JC, na esquina da rua Azor Vieira de Faria, com rua Antônio Veloso. Ela, que mora no bairro há mais de 20 anos, contou que quando chegou no ‘Eldorado’, havia por volta de 15 casas e as ruas eram em terra, embora já houvesse água e luz no novo loteamento.

Há mais de 20 anos no Eldorado 

Jacira conta que chegou a Arcos, no final de 2000 com seu casal de filhos, morou inicialmente no ‘São Judas’, depois no ‘Juca Dias’ e, em pouco mais de um ano e meio, já estava instalada do Eldorado, onde está desde então. “Vim passear em Arcos, gostei e vim para cá”.

“Havia muitos buracos. Tinha um, onde meu ‘Uninho’ [Fiat Uno] ficou preso e pedi aos ‘meninos’ para carrega-lo para fora do buraco”. Ela lembra de que o asfalto só chegou no tempo do terceiro mandato do prefeito Plácido Ribeiro Vaz, em 2005. Neste mesmo período, foi quando o bairro apresentou uma grande diferença. “Por volta de 2005 e 2006 o bairro cresceu de uma vez”.

Serviços públicos e infraestrutura

Jacira contou que não há centro comunitário, nem associação de bairro, apesar de haver um salão da Sociedade São Vicente de Paulo. Neste salão, que estava fechado quando a reportagem do CCO passou, conforme a Sociedade São Vicente de Paulo, vem sendo utilizado para reuniões de para a catequese da paróquia São Cristóvão.



Ela também esclarece que todos os serviços públicos, tais como Unidade Básica de Saúde do bairro Planalto (PSF), creche e escola municipal Antônio Davi Franco e área de lazer, na praça Jucá Vieira, são atendidos pela estrutura do bairro Planalto. A coleta de lixo funciona regularmente (três vezes por semana).

Ela também disse que há dois templos evangélicos no Eldorado e que a igreja São Cristóvão, que atende aos católicos.
O único mercado é a Mercearia JC e um bar. O açougue, padaria e farmácia estão também no bairro Planalto (entre dois e quatro quarteirões acima da rua Antônio Teixeira que une o Eldorado ao Planalto).



A propósito, vale dizer que o Eldorado faz vizinhança com os bairros Planalto, Juca Dias e Novo Eldorado e, para completar a definição dos limites, a parte mais baixa do bairro é caracterizada pela avenida Maria da Cunha Amorim (paralela à rodovia MG-170).

O bairro funciona bem e é seguro. Mas, apontou como problemas: a falta de manutenção da iluminação pública, especialmente a troca de lâmpadas. Jacira diz: “A iluminação (pública) é péssima.

Outra situação que ela considera grave é a falta d’água e acontece num espaço de tempo de 15 dias, aproximadamente. “Falta água durante pouco tempo. Mas, quando a água volta ela vem muito suja e com mau cheiro. É necessário deixar a torneira aberta até que volte a água limpa”. Ela considera este o problema mais grave do bairro.

Jacira também mencionou que a Polícia Militar poderia intensificar suas rondas, pois o bairro é muito frequentado por motociclistas que realizam manobras perigosas nas poucas vias do bairro, especialmente na rua Azor Vieira de Faria. 
Satisfeita onde mora, ela afirma: “Arcos é uma cidade abençoada e próspera. Tenho arrependimento de não ter vindo para cá antes”.

O primeiro morador
O CCO conversou também com o primeiro morador, caminhoneiro aposentado Norandir Lourenço (74 anos). Ele começou a construir a casa em 1998 e se mudou, com sua esposa Maria do Carmo (Carminha) e duas de seus cinco filhos, em 2000. Com orgulho, D. Carminha e ele esclarecem: “Cinco filhos, sete netos e dois bisnetos”.

Ele lembra: “Era tudo mato e só tinha cascavel. Um amigo da nossa igreja tinha uns cavalos que ficavam soltos. A cascavel pegou um e matou. Noutro dia, num ‘barraquinho’ de um amigo nosso, ao abrir a porta tinha uma cascavel no meio da sala” – contou.

Norandir e Carminha também confirmaram os problemas apontados por Jacira, especialmente sobre a falta de iluminação e de água. Mas, Norandir, muito bem-humorado, diz: “Aqui tudo é bom”.

Eldorado, mais um bairro arcoense, que está ligado, compartilha seu cotidiano e se confunde com os bairros vizinhos, no caso: Planalto, Novo Eldorado, Planalto e Juca Dias.