Moradores reclamam de poeira de depósito de cimento na rua ‘São Geraldo’

Moradores dizem que é recorrente e empresa diz que problema foi único e isolado

Moradores reclamam de poeira de depósito de cimento na rua ‘São Geraldo’
Foto enviada por morador

Moradores do bairro São José, no entorno de uma distribuidora de cimentos foram surpreendidos por uma nuvem de pó que, no final da tarde de ontem (26), se espalhou pelo local. Segundo moradores, o problema com excesso de pó de cimento e de cal é recorrente, além do barulho excessivo gerado por empilhadeira, que as vezes trabalha até a noite e que os moradores já conversaram com o proprietário diversas vezes, tentando solucionar os problemas, sem uma solução definitiva.

O Jornal CCO foi até a empresa e conversou com o gerente da distribuidora, engenheiro Thales Lamounier reconheceu o ocorrido e relatou que, por volta das 17h30 de ontem (26/09), uma carreta de transporte de cimento em ‘pote’ [transporte a granel em tanque], por problemas mecânicos, necessitava descarregar sua carga, para poder levar o veículo ao mecânico e seguir viagem para descarregar nem sabemos onde. “Estávamos prestando um socorro a um caminhoneiro que veio recorrer à distribuidora, devido ao nosso bom conceito no ramo. Nós trabalhamos somente com cimento ensacado e, por isso, esta foi a única vez que aconteceu o problema”.  

Thales esclarece que o cimento que foi descarregado permaneceu embaixo de uma lona e debaixo de um telheiro. Hoje (27) pela manhã, o material foi novamente colocado na carreta e seguiu viagem.

O engenheiro relatou que a empresa funciona naquele local há mais de seis anos e que, duas a três vezes por dia, nos horários em que o piso fica mais seco, é feita a hidratação do local para evitar levantar poeira com a movimentação dos veículos pesados.

Thales diz que o morador que gravou o vídeo veiculado em grupos de aplicativos de mensagens esteve na distribuidora e foi lhe explicado o que havia acontecido. “Não queremos confusão com ninguém. Vendemos para muitos clientes próximos”.

Ele ainda informa que, de seis em seis meses, é feita uma medição por empresa contratada de poeira e ruído. “São medições que ajudam no cuidado não só para a vizinhança, como também para nós mesmos que aqui trabalhamos”.


Polícia Militar Ambiental

O Sargento Kennedy, da Polícia Militar Ambiental informou ao CCO que, nesses casos, os reclamantes devem dirigir-se ao Quartel da PM e registrar uma ocorrência. “A PM Ambiental irá até o local e, primeiramente, se for o caso, notificará a empresa, orientando-a a corrigir o problema. Após um prazo determinado, voltamos e se não for corrigido adequadamente o estabelecimento será autuado”. Ele informa ainda que, desde a notificação o Ministério Público recebe os documentos sobre a ocorrência.