O Pix está mudando e mudará mais até 2026

Entenda as mudanças no meio de pagamento mais utilizado no Brasil

O Pix está mudando e mudará mais até 2026

Provavelmente, quando se trata de pagar algum produto ou serviço, uma das perguntas correntes mais usadas é: “Você aceita Pix?”

Mas, vale lembrar que Pix não é uma sigla. Segundo o Banco Central, o termo foi escolhido por remeter a pixels, tecnologias e transações. Nesse sentido, a marca Pix foi elaborada do zero para ser simples, comunicativa e fácil de ser lembrada.

Pix é um modo de transferência monetária instantâneo e de pagamento eletrônico instantâneo oferecido pelo Banco Central do Brasil (BCB, Bacen ou simplesmente BC) a pessoas físicas e jurídicas, que funciona 24 horas, ininterruptamente, sendo o mais recente meio de pagamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro. O Pix foi lançado integralmente no dia 16 de novembro de 2020, tendo completado quatro anos de funcionamento, com ampla aceitação do mercado. 
Como toda a tecnologia, o Pix também está sujeito a mudanças e para falar sobre isso, o CCO buscou informações junto ao gerente geral do Sicoob Arcomcredi, Luciano Vagner.

Perguntado sobre as mudanças no Pix, o gerente esclareceu que muitas adequações já foram realizadas desde a implantação do sistema de pagamento instantâneo lançado em 2020. Mas ele alertou: “Um impacto maior está previsto para 2025, já que o BCB estabeleceu, nesta 3ª feira (12/11), novas regras para o Pix”.  

Ele detalhou, informando que a medida regulamenta que, a partir do dia 1º de janeiro de 2025, apenas instituições autorizadas pela autoridade monetária a funcionarem no Brasil podem participar do Pix.  Segundo ele: “As instituições financeiras que já participam do Pix, mas ainda não são autorizadas pelo BC, terão que solicitar a autorização de funcionamento para a autoridade”. O cronograma de regulamentação vai durar até 2026, estabelecido conforme a data de ingresso no programa de pagamento instantâneo.

A resolução do BC também exige que, a partir de 2026, as instituições participantes do Pix tenham um capital social e de patrimônio líquido mínimo de R$ 5 milhões.  De acordo como BC, atualmente, há 67 instituições não autorizadas que são participantes do PIX e outras 19 que estão em processo de adesão).

Mudanças

Já está valendo 
Luciano informa: “Neste mês o limite de transações será de R$ 200 para novos dispositivos (aparelhos celulares) e haverá maior vigilância. Transferências realizadas por novos dispositivos serão limitadas a R$ 200 e não poderão ultrapassar o limite diário de R$ 1.000”. O objetivo é sempre a segurança, segundo afirma o BC. Isto não se refere a aparelhos já vêm realizando transações por Pix.

Pix por aproximação
A partir de fevereiro de 2025, todas as instituições financeiras credenciadas ao BC deverão oferecer o Pix por Aproximação. No momento da compra, o lojista seleciona a opção de Pix na maquininha de pagamento, e você, com o celular desbloqueado, aproxima o aparelho. Se a autenticação for solicitada basta realizada e aguardar. O pagamento vai acontecer na hora e você vai receber a notificação diretamente do seu celular, de forma semelhante ao pagamento com QRCode.

Pix Automático
A partir de 16 de junho de 2025, o Pix Automático permitirá que o cliente autorize pagamentos recorrentes de forma automática, sem a necessidade de autenticação a cada transação. O Pix Automático é uma modalidade que visa facilitar e reduzir os custos de cobranças recorrentes, como contas de água, luz, mensalidades escolares, academias, clubes e serviços de streaming.

Luciano também comenta: “Entre as mudanças previstas para 2025 está em foco a segurança. No PIX 2025, uma das principais medidas é a implementação de tecnologias avançadas para identificar transações suspeitas, aumentando a capacidade de detecção de fraudes”. Ele também diz que outra ação envolve a verificação periódica dos clientes, garantindo um monitoramento constante contra possíveis fraudes.

Perguntado se os bancos poderão cobrar pelas operações via Pix, garantiu: “O Sicoob Arcomcredi não cobra e nem cobrará por operações Pix”.  

Luciano concluiu, afirmando que muitas outras mudanças estão em análise e mais dúvidas surgirão – dúvidas que deverão ser solucionadas junto às cooperativas e agências bancárias.