Saúde preventiva e alerta sobre os riscos do abuso de medicamentos

A temática será abordada pela Drª Emiliana Gonzaga, nova colunista do CCO, que mora em Arcos há 14 anos

Saúde preventiva e alerta sobre os riscos do abuso de medicamentos
Foto: arquivo pessoal

O Portal CCO tem nova colunista: a renomada médica Emiliana Gonzaga, residente em Arcos desde 2009. Drª Emiliana formou-se em Medicina pela UNIVAS, em 1993. Fez Residência de Clínica Médica pelo Hospital Regional Samuel Libânio, em Pouso Alegre- MG, de 1994 a 1996.

Em Arcos, atuou na saúde básica (PSF), no Hospital Municipal São José e na Santa Casa. Também teve consultório particular. 

A convite do diretor do Portal CCO, ela inicia hoje (05 de abril de 2023) uma coluna quinzenal para abordar temáticas na área de saúde. 

“Meu foco é sobre a saúde preventiva e elucidar alguns entraves da Indústria Farmacêutica/Alimentícia em relação à saúde das pessoas. Quero alertar a população sobre os riscos do abuso de medicamentos e dar dicas da saúde em geral”.

Drª Emiliana é uma médica respeitada e admirada porque se preocupa em investigar as causas das doenças e o que pode ser feito para recuperar a saúde dos pacientes. Não se limita à prescrição de medicamentos.  

Leia o primeiro artigo: 

A Medicina Atual 

Meu princípio fundamental, aliado aos recentes avanços da ciência, é exercer a prática médica alicerçada em evidências comprovadas  pelo contato de 30 anos com meus pacientes, pessoas e situações reais e a troca de experiências com meus colegas. 

Frequentemente, ensaios clínicos demonstram resultados NÃO encontrados na prática diária da Medicina e, também frequentemente, diretrizes ou protocolos que emergem desses ensaios não combinam com o que deveria ser o maior anseio do médico, a manutenção da SAÚDE das pessoas. 

As doenças continuam aumentando porque o tratamento médico afasta-se das CAUSAS das moléstias. Confunde-se o sucesso da elevação da expectativa de vida com a QUALIDADE de vida e com a ausência de doenças. Enquanto o foco do tratamento basear-se na redução apenas dos sintomas das doenças, estas continuarão em patamares cada vez mais elevados. Devemos mudar o paradigma, passar a buscar a permanência da saúde e não esperar perdê-la para então iniciar o tratamento com remédios. Esta tem sido a tendência da Medicina Baseada em Evidências, desde o momento que escolheu como seu maior suporte científico, as descobertas da Indústria Farmacêutica. 

A Indústria Farmacêutica colhe, evidentemente, expressivos sucessos com seus remédios, principalmente quando as doenças já estão instaladas, mas colhe também grandes fracassos, que muitas vezes são responsáveis por centenas de milhares de mortes em todo o mundo e muitos milhões de vítimas com sérios efeitos adversos.

O objetivo do artigo não é acusar a Indústria Farmacêutica, e sim chamar a atenção sobre determinadas condutas, políticas ou não, que norteiam hoje a Medicina. 

O número de doentes deveria estar reduzindo, mas, ao contrário, nenhuma estatística nesse campo demonstra resultados favoráveis. Esses aumentos são, erroneamente, explicados pelo aumento do número de diagnóstico (devido ao aporte tecnológico) e do número de pessoas que tem acesso à medicina. O erro está na estratégia, ao focar muito a DOENÇA e pouquíssimo a PREVENÇÃO, a SAÚDE. 

Emiliana Gonzaga