Vereadora solicita esclarecimentos sobre furto ocorrido em escola de Arcos
Na manhã de 19 de novembro, policiais militares prenderam um homem e uma mulher que apedrejaram dois carros que estavam estacionados na área da quadra da escola municipal Santo Antônio – espaço anexo à unidade – e furtaram objetos no interior dos veículos.
Ainda no dia 19, o Portal CCO publicou o texto encaminhado às mídias locais pela Polícia Militar, assinado pela PMMG/Agência Local de Comunicação Organizacional 63°BPM, onde estão as informações. Link: https://www.jornalcco.com.br/casal-e-preso.
O casal foi conduzido à Delegacia de Arcos. A mulher foi liberada depois da Audiência de Custódia e o homem permaneceu preso em Arcos, de acordo com informações obtidas pelo CCO no último dia 29 de novembro, junto à Assessoria de Comunicação da Polícia Civil. Também foi informado que a mulher não tem antecedentes criminais em Minas Gerais. O homem tem registro por roubo.
Ao saber do fato ocorrido nas dependências da unidade de ensino, a vereadora Kátia Mateus enviou ofício à direção da escola, solicitando informações e esclarecimentos. A correspondência está no Sistema de Apoio ao Processo Legislativo, no site da Câmara.
A vereadora relata, no ofício, que chegou ao conhecimento dela a notícia de que as duas pessoas entraram na escola pedindo para tomar água, mas, posteriormente, dirigiram-se ao estacionamento. Na divulgação feita pela Polícia Militar está esta informação: “Os dois são naturais de Ribeirão Preto - SP e disseram ter entrado na escola para beber água, mas ao perceberem os objetos nos carros, decidiram lançar um paralelepípedo no vidro de cada um deles”.
A vereadora perguntou como essas pessoas conseguiram entrar na escola; se foi feito algum tipo de registro de entrada ou vigilância sobre os visitantes no momento da solicitação para ingerir água; se existem câmeras de monitoramento na área onde o incidente ocorreu; se o registro da ação criminosa foi capturado por essas câmeras; o que facilitou a entrada dessas pessoas na escola; quais falhas ou brechas podem ter contribuído para que elas tivessem acesso livre ao ambiente escolar; quais são os procedimentos de segurança adotados atualmente para proteger os alunos e colaboradores da escola; se há treinamento ou orientação regular para todos os envolvidos sobre como identificar e proceder em situações suspeitas; quais medidas foram tomadas até o momento e quais estão sendo planejadas para evitar que incidentes semelhantes ocorram no futuro; se o local onde os indivíduos ingressaram oferece acesso direto à escola; se o referido local é de fácil acesso para os alunos e para a comunidade escolar; se há presença policial, dentre outras questões. Ainda no ofício, a vereadora reiterou a importância de que medidas adequadas sejam tomadas para garantir a segurança de todos que frequentam a escola.
Resposta da diretora da escola à vereadora
No último dia 28 de novembro, o Portal CCO também teve a iniciativa de se comunicar com a diretora da escola, com a finalidade de saber detalhes do ocorrido e perguntar sobre providências adotadas para reforçar a segurança após o ocorrido. Afinal, já havia transcorrido mais de uma semana. Na última segunda-feira, 2 de dezembro, a diretora encaminhou à Redação, por e-mail, cópia do ofício enviado à vereadora Kátia Mateus no dia 26 de novembro, cujo conteúdo publicamos abaixo.
Ela esclarece que o casal não pediu para beber água: “[...] Em momento algum o casal solicitou ou fez qualquer tipo de contato com a equipe da escola [...]” e que “[...] o muro que separa a quadra da escola é equipado com concertina, reforçando a proteção dos espaços escolares”.
No dia 19 de novembro de 2024, por volta das 9h, um casal entrou na área da quadra da escola, espaço anexo à unidade, utilizado tanto para atividades de educação física dos alunos quanto como estacionamento para os servidores. Durante a ação, os indivíduos violaram dois veículos estacionados no local, furtando uma bolsa e um celular de funcionários da escola. Sobre os pontos de interesse no ofício:
1.Entrada dos indivíduos:
• Em momento algum o casal solicitou ou fez qualquer tipo de contato com a equipe da escola. Eles acessaram diretamente a quadra por um portão lateral, que estava aberto no momento. É importante destacar que o portão principal da escola, que dá acesso direto aos espaços internos frequentados por alunos e funcionários, estava e sempre fica trancado. Além disso, o muro que separa a quadra da escola é equipado com concertina, reforçando a proteção dos espaços escolares.
2.Câmeras de monitoramento:
• A escola dispõe de câmeras de segurança instaladas em pontos estratégicos, como o pátio de educação física, o portão de entrada da quadra e o muro divisório com a escola. Contudo, o posicionamento atual das câmeras não cobre integralmente o estacionamento, o que impediu a captura completa da ação criminosa.
3. Segurança da quadra e seu uso pela comunidade:
• A quadra é utilizada para atividades escolares e também pela comunidade local, em conformidade com a Lei no 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), que incentiva o uso compartilhado de instalações públicas. Durante o horário de aula, o portão da quadra fica fechado, e os alunos quando a utilizam são sempre acompanhados por professores ou funcionários.
4. Orientação aos servidores:
• A escola adota procedimentos para garantir a identificação de qualquer pessoa que precise entrar na instituição. Essa identificação é realizada por meio de interfone e monitoramento das câmeras na entrada principal. Além disso, os servidores são regularmente orientados a observar e relatar qualquer comportamento suspeito.
5. Ações tomadas após o ocorrido:
• Após o incidente, a direção acionou a Polícia Militar, que compareceu ao local e contribuiu com as diligências iniciais. Os policiais ouviram a direção, os proprietários dos carros, o coordenador de TI enviado como representante da Secretaria Municipal de Educação e um aluno que, do andar superior, avistou os indivíduos e ouviu o disparo do alarme de um dos veículos.
• A conversa entre o aluno e os policiais foi intermediada pela direção da escola, que primeiro contatou sua mãe, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069/1990, Art. 17 ) , garantindo o direito à privacidade e à proteção de informações do menor.
6. Boletim de Ocorrência:
• Um boletim de ocorrência foi registrado pela direção da escola e segue em anexo para conhecimento. As imagens obtidas pelas câmeras de segurança foram encaminhadas à Polícia Civil de Arcos, ajudando nas investigações.
7.Informações aos Responsáveis:
• No dia 21 de novembro de 2024, a escola enviou um comunicado oficial aos pais ou responsáveis pelos alunos, informando sobre o ocorrido e colocando-se à disposição para esclarecimentos adicionais. Essa medida foi adotada para garantir a transparência com a comunidade escolar e o compromisso com o bem-estar dos alunos.
8. Sobre a segurança escolar:
• O casal não teve acesso ao ambiente interno da escola, onde havia alunos e funcionários. O incidente ficou restrito à quadra, uma área de uso compartilhada, e não comprometeu a segurança dos espaços escolares internos.
• Como medidas preventivas, já foram reforçados os protocolos de vigilância, como: Manutenção do portão principal da escola trancado em todos os horários; Controle de entrada e saída dos alunos sob supervisão de funcionários; Revisão do posicionamento das câmeras de segurança, com planejamento para ampliação da cobertura.
Reiteramos nosso compromisso com a segurança e o bem-estar de todos os membros da comunidade escolar, adotando medidas que visam prevenir a ocorrência de novos incidentes. Permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários.
Atenciosamente,
Maria Aparecida de Oliveira
Diretora