Arcos aparece com bons indicadores de segurança considerando outros municípios

No dia 10 de janeiro, o Portal CCO publicou uma síntese dos dados da criminalidade em Arcos nos últimos cinco anos, levando em consideração os dados encontrados no Observatório da Segurança, no site da Secretaria da Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (SEJUSP). Agora, é feita uma comparação com outras cidades da região e/ou de mesmo porte de Arcos para que seja possível uma opinião sobre as condições de segurança de nossa cidade.

Para a comparação, serão tomados dados de Formiga e Lagoa da Prata (no que se refere à proximidade geográfica) e a cidade de Oliveira (pela similaridade no número de habitantes).

Os dados foram buscados nos registros da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública - SEJUSP (Observatório de Segurança Pública). A Secretaria publica banco de dados que permite a consulta dos números relativos à criminalidade em todo o Estado. Os dados se originam na Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Sistema Prisional e Sistema Socioeducativo do Estado de Minas Gerais. 

No banco de dados foram buscadas informações de registro de ocorrências do ano 2022.

Crimes violentos

De acordo com o site da Secretaria, crimes violentos são considerados e classificados da seguinte forma: estupro consumado, estupro tentado, estupro de vulnerável consumado, estupro de vulnerável tentado, extorsão consumado, extorsão tentado, extorsão mediante sequestro consumado, roubo consumado, roubo tentado, sequestro e cárcere privado consumado, sequestro e cárcere privado tentado, homicídio tentado e homicídio consumado. 

Destaque-se que os dados disponíveis no site da SEJUSP referem-se ao período de janeiro a novembro de 2022.

Com uma população estimada em 40.658 habitantes, no ano 2022 Arcos apresentou 25 crimes violentos. Formiga, por sua vez, com uma população estimada em 67.956 habitantes, registrou 45 crimes violentos. Lagoa da Prata, com população estimada em 53.236 habitantes, registrou 80 crimes violentos. Oliveira, com 41.987 habitantes, apresentou nada menos que 41 crimes violentos ao longo de 2022.

Estupros 

Em Arcos, ano de 2022, foram três estupros consumados e dois casos consumados de estupro de vulnerável. Em Formiga, foram dois estupros consumados e nove casos de estupro de vulnerável consumados. Lagoa da Prata registrou dois estupros consumados e 12 estupros de vulnerável. Em 2022, Oliveira apresentou, até novembro, dois estupros consumados e outros dois estupros de vulnerável também consumados.

A propósito, destaque-se que, perante a legislação em vigor, vulnerável é a pessoa que não tem o necessário discernimento para a prática do ato, devido a enfermidade ou deficiência mental, ou que por algum motivo não possa se defender.

Homicídios

No ano passado, Arcos registrou um homicídio. Formiga aparece com dois homicídios. Lagoa da Prata, com cinco; e Oliveira, com um registro de homicídio consumado.

Roubos

Roubo é um crime contra o patrimônio mediante o uso de violência. Em 2022, até novembro, foram 13 ocorrências em Arcos. Em Formiga, foram 19 registros de roubo. Lagoa da Prata registrou 52 roubos e Oliveira, 29 ocorrências nesse tipo de crime.

Dentre os crimes categorizados como ‘violentos’, esses são os mais representativos. Mas, mais expressivos podem ser considerados os números de furtos e lesões corporais.

Furtos

Furto é considerado crime menos grave, pois não há violência. Foram registrados 338 furtos em Arcos, até o mês de novembro. Em Formiga, foram 456, no mesmo período. Em Lagoa da Prata foram 710 furtos e, em Oliveira, 336 registros.

Lesões corporais

Embora apresentem graduações diferentes de violência, aparecem com evidência. No ano passado em Arcos foram 118 registros, até novembro. Em Formiga, 197 crimes de lesões corporais. Lagoa da Prata registrou 160 lesões corporais e em Oliveira, foram 80 registros.

Violência doméstica e familiar contra a mulher

No mesmo banco de dados da SEJUSP também foram encontrados dados sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher. Respectivamente, nos três anos que aparecem no banco de dados. No ano passado, foram 266 registros em todo o ano de 2022, em Arcos. Em Formiga, foram 540 registros. Em Lagoa da Prata, 529 registros; e em Oliveira, 176 ocorrências de violência doméstica e familiar contra a mulher.

Veículos

Em Arcos, no ano 2022, foram quatro veículos roubados e 27 furtados, até novembro. Em Formiga, um veículo roubado e 16 veículos furtados. Em Lagoa da Prata, 10 veículos roubados e 49 furtados. Em Oliveira, 10 roubados e 22 furtados.

Residências

Na estratificação por tipos de roubo e furto também aparecem as residências como alvos dos criminosos. Em Arcos, no ano 2022, foram duas casas roubadas e 117 furtadas. Em Formiga, uma casa foi roubada e 192 casas foram furtadas. Em Lagoa da Prata, quatro residências foram roubadas e outras 293 casas foram alvos de furto. Em Oliveira, 38 residências roubadas e 129 casas furtadas. 

Evolução dos dados desde 2012

Ao ampliarmos a evolução dos dados desde 2012 – o que é possível também pelo site da SEJUSP, percebemos que Arcos vem evoluindo positivamente. Tomando somente os dados sobre crimes violentos na tabela a seguir, pode-se afirmar sobre essa evolução. Em 2022, embora faltem os dados referentes a dezembro, é possível afirmar que Arcos, mesmo com aumento da população, está mais segura do que em anos anteriores, pelo menos se considerarmos os anos de 2013 a 2029.

Para finalizar, cabe destacar que em recente entrevista concedida pelo Subcomandante da Polícia Militar em Arcos, Tenente Rhuan Arantes, tratando da questão do desarmamento, ele avaliou: “Nosso desempenho é bom, na medida em que existe um esforço ininterrupto da instituição para tentar se adaptar para fazer frente às novas modalidades de crimes que aparecem, como crimes virtuais (golpes por aplicativos, telefones, etc), estelionatos dos mais diversos, extorsão mediante sequestro, ataques a instituições financeiras, além dos delitos mais conhecidos, como roubos, furtos e tráfico de drogas. Nosso foco é tentar reduzir os índices criminais e ampliar a prevenção com o policiamento ostensivo e comunitário, o que tem sido bem feito na nossa área”

Fonte: Banco de Dados da SEJUSP

Texto: Nando Noronha