Baixa umidade: Defesa Civil indica estado de atenção

Baixa umidade: Defesa Civil indica estado de atenção

A Defesa Civil informou ao Jornal CCO que Arcos e região passam por um período de estiagem (seca) e alerta que a população deve permanecer atenta às situações de risco causadas pela baixa umidade, associada às elevadas temperaturas.

Antônio Airton, coordenador da Defesa Civil de Arcos, explica que entre 20 e 30% de umidade relativa do ar resulta no que os órgãos de defesa chamam ‘estado de atenção’. “Entre 12 e 20% de umidade, chamamos de ‘estado de alerta’. A situação mais grave indica ‘estado de emergência’, com umidade abaixo dos 12%”. 

Atualmente, segundo a Defesa Civil, Arcos, assim como na região Centro-Oeste, se encontra em estado de atenção (umidade entre 20 e 30%), conforme indicam as previsões e avisos meteorológicos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM). 


Orientações da Defesa Civil

Em estado de atenção, as orientações da Defesa Civil são: evitar exercícios físicos, ao ar livre, de 11 às 15 horas; umidificar ambientes com vaporizador, toalhas molhadas ou recipientes com água, principalmente em dormitórios e em ambientes de longa permanência; sempre que possível, permanecer em locais fora da exposição solar e em área verdes; e manter-se bem hidratado, consumindo água à vontade.

“A Defesa Civil destaca que, caso diminua ainda mais a umidade, passando para estado de alerta, as recomendações aumentam, o que por enquanto é desnecessário comentar, pois estamos em estado de atenção” – diz Antonio Airton.


Orientações médicas

Para buscar orientações médicas, o Jornal CCO falou com o pneumologista, Dr. Marco Túlio Veloso. Segundo ele, de acordo com a OMS, a umidade do ar ideal compreende a faixa entre 50 e 80%. “Em períodos de baixa umidade do ar o ressecamento da pele e principalmente das mucosas causam uma série de sintomas, principalmente em quem já tem alguma doença respiratória crônica como por exemplo: asma e rinite alérgica”. 

“A sensação de ‘pigarro’ constante, dor garganta, tosse seca, congestão nasal e irritação nos olhos são alguns desses sintomas”. Ele diz que as vias aéreas superiores podem até desenvolver pequenas feridas e sangramentos nesse período de clima muito seco. Marco Túlio também destaca que a perda da integridade da mucosa dessas vias aéreas provocada por esse ressecamento facilita a penetração de vírus e bactérias causadoras de rinossinusites e traqueobronquites – doenças mais frequentes nesse período de baixa umidade e temperatura.


Recomendações médicas

O pneumologista também reforça as recomendações, como prevenção: ingerir bastante líquido, espalhar panos ou baldes com água em ambientes da casa, principalmente no quarto, ao dormir, ou utilizar umidificadores de ar. Lavar nariz e olhos com soro fisiológico algumas vezes ao dia.  Trocar comidas com muito sal ou condimentos por alimentos mais saudáveis. Usar creme hidratante na pele. Evitar exercícios físicos entre as 10 da manhã e 5 da tarde. Evitar grandes aglomerações. Evitar carpetes ou cortinas que acumulem poeiras. Evitar roupas e cobertores de lã ou com pelos. Evitar exposição prolongada à ambientes com ar condicionado. Manter a casa higienizada, arejada e ensolarada.  Dr. Marco Túlio conclui, recomendando também: “Não provocar queimadas”.