CCO publicou artigo sobre José Luiz de Magalhães Lins em 2019

Arcoense, nascido em uma família sem recursos financeiros, ele se mudou com a família para o Rio, onde se tornou banqueiro

CCO publicou artigo sobre José Luiz de Magalhães Lins em 2019
Arquivo pessoal de Simone Fernandes – Foto enviada a ela pelo próprio José Lins

Moradores de Arcos se surpreenderam com o noticiário, em rede nacional, da morte do arcoense José Luiz de Magalhães Lins, no último dia 3, no Rio de Janeiro. Ele foi descrito como banqueiro e grande incentivador da cultura brasileira. Morreu aos 93 anos. 

Em 2019, na edição de 24 de maio, o CCO publicou artigo sobre ele, escrito pela jornalista Cida Rezende, que tem familiares em Arcos e mora em Brasília. Leia abaixo: 

Arcoense, melhor amigo do jornalista Roberto Marinho

(Matéria publicada pelo Jornal CCO impresso em 24/05/2019) - Edição 2002

Por Cida Rezende*

“Roberto Marinho – o poder está no ar” é o novo livro do jornalista Leonencio Nossa, que está nas livrarias desde o dia 19 de maio. O trabalho minucioso do escritor e premiado jornalista traça um panorama da vida do também jornalista e empresário Roberto Marinho, criador das organizações Globo. O livro conta detalhes da vida de Marinho, desde o seu nascimento, em 1904, no Rio de Janeiro, até a criação do Jornal Nacional, em 1969, justamente o período que mostra momentos importantes da história política e econômica brasileira.

Para contar essa história, Leonencio descobriu várias outras. A obra é resultado de seis anos de pesquisa, consultas a arquivos nacionais e internacionais e depoimentos de mais de cem pessoas que conviveram de perto com Roberto Marinho. E uma delas o levou às origens de um dos homens próximos de Roberto Marinho, que nasceu no Centro-Oeste de Minas, na cidade de Arcos.

Um dos principais personagens do livro é o banqueiro José Luiz de Magalhães Lins (90 anos), o arcoense que se tornou um dos homens mais próximos de Marinho.

Filho de uma família pobre de Arcos, Magalhães Lins se mudou, ainda na infância, com os pais, para o Rio de Janeiro.

No começo da vida adulta, começou a trabalhar no Banco Nacional, que pertencia a um tio, o ex-governador Magalhães Pinto, do ramo rico da família. À frente do Nacional, Magalhães Lins consolidou a instituição financeira e entrou decisivamente para a história política e social do país.

Ao conhecer um pouco da vida de Magalhães Lins, Leonencio conta que o banqueiro financiou a UNE nos anos 1960, foi empresário de jogadores de futebol, incentivou o Cinema Novo, promoveu a campanha pelo presidencialismo de João Goulart e ele mesmo, depois, atuou pela deposição do então presidente.

O banqueiro de Arcos aparece no livro, justamente, nos capítulos que contam momentos decisivos da vida de Roberto Marinho. Sem dúvidas, o leitor atento perceberá a importância dessas histórias na construção de comportamentos e decisões da sociedade brasileira nos momentos históricos da vida nacional seguintes.

*Jornalista que adotou Arcos como sua terra, atua há mais de 20 anos em Brasília.

Carta de José Lins para a arcoense Simone Fernandes 

A arcoense Simone Fernandes, consultora de marketing que integra a comissão organizadora do Encontro dos Arcoenses Ausentes, publicou em sua rede social, recentemente, imagens de uma carta que recebeu de José Lins datada em 1º de julho de 2019.  

Na correspondência, ele escreveu que ficou feliz e sensibilizado com a lembrança do nome dele como homenageado do Encontro de Arcoenses Ausentes e amigos de Arcos (evento realizado dia 13 de julho de 2019). “Seria uma excelente oportunidade de encontrar pessoas que fizeram parte dos primeiros anos de minha vida e rever minha cidade natal. Infelizmente, estou fazendo um tratamento de saúde, o que impossibilita uma viagem nesse período, mas quem sabe se daqui a dez anos não estarei presente na homenagem aos arcoenses centenários? Agradeço-lhe o convite, desejando todo o sucesso na confraternização”.  

Neste ano, o Encontro dos Arcoenses Ausentes será dia 15 de julho.