Deficiência do crescimento em crianças e adolescentes - Parte II
Confira a continuação do artigo do Dr. Tarcísio Silva, intitulado "Deficiência do crescimento em crianças e adolescentes" (Parte II), em sua coluna de Saúde
Um dos primeiros sinais de que algo não vai bem com a saúde de uma criança é a diminuição da velocidade de crescimento. Às vezes esta é a primeira alteração que aparece na criança quando uma doença séria está começando, como: anemias, infecções e problemas hormonais.
Acompanhar o quanto a criança está crescendo permite detectar várias doenças na fase inicial. Além disso, existe uma pressão social muito grande para que as crianças se tornem adultos altos. Ter uma boa estatura na vida adulta é uma preocupação de pais e até mesmo das crianças. Detectar e tratar problemas que podem prejudicar o crescimento das crianças permite que uma boa altura seja atingida. Quanto mais cedo se detectar tais problemas, melhores os resultados.
4- Crianças sem deficiência de Hormônio de Crescimento podem usá-lo para ganhar mais altura?
O hormônio de crescimento (GH) normalmente é utilizado apenas quando se comprova que a criança não o produz em quantidades suficientes. Também é utilizado em algumas crianças com problemas genéticos e crianças que tiveram algum problema durante a vida dentro do útero, na fase fetal. Seu uso tem sido testado em várias outras situações e parece ser seguro, mas ainda falta comprovação científica.
O Governo brasileiro fornece gratuitamente o GH para o tratamento de crianças em que foi comprovada a baixa produção de GH.
5- Existe tratamento cirúrgico para a baixa estatura?
Existe cirurgia que permite alongamento dos ossos. O paciente precisa ser submetido a várias sessões de cirurgia e utilizar aparelhos de fixação nos ossos. É um tratamento demorado e caro, mas vários pacientes se dizem recompensados no final.
6- É possível prevenir problemas com o crescimento das crianças?
Sim, e deve começar no momento em que a mãe engravidar. A gestante deve realizar o Pré-Natal regularmente, receber os suplementos de vitaminas que lhe for indicado, alimentar-se e exercitar-se de forma adequada. Estão proibidos uso de bebidas alcoólicas e tabagismo.
Até os 6 meses de idade a criança deve receber exclusivamente leite materno, evitando-se outros alimentos, inclusive água. O uso de medicações durante a infância deve ser prescrito por médicos, evitando-se a automedicação. A vacinação deve estar sempre em dia e a prática de esportes precisa ser incentivada desde cedo. Recomenda-se acompanhamento médico periódico para avaliar o crescimento e desenvolvimento da criança. O atraso no tratamento pode prejudicar a altura na vida adulta.