Morador do Esplanada reclama de lixo jogado às margens da BR-354

Morador do Esplanada reclama de lixo jogado às margens da BR-354
No local foram colocadas placas indicando a proibição de usar o terreno para descarte de lixo

Matéria publicada no jornal CCO, edição de  20 de dezembro de 2012

O aposentado Antônio de Paula, morador do bairro Esplanada, veio à Redação do CCO no último dia 11, para alertar os órgãos competentes sobre um depósito de lixo que está se formando às margens da BR-354, na altura do Km 477. Segundo Antônio de Paula, o local se transformou em uma área clandestina de descarte de entulhos e outros resíduos. Antônio contou que já filmou até mesmo animais mortos que foram descartados no local. “[...] Eu filmei com minha máquina lá [...] cachorro morto, pneu [...]”. O aposentado disse que estava aproveitando parte do local para plantar e chegou a fazer uma cerca, mas nem mesmo as placas indicando ser proibido jogar lixo não são respeitadas. “Eu estava aproveitando uma beirada para plantar um milho, feijão, mas está virando um verdadeiro lixão. [...] Lá já tem as placas municipais, avisando que é proibido jogar qualquer tipo de entulho e lixo. Mas eles não respeitam, estão jogando em cima das placas. Eu fiz uma cerca de arame provisória para ver se evita, e eles estão jogando em cima da cerca”, relatou.

O aposentado disse que já pediu providências junto ao setor de Posturas da Prefeitura. “[...] Já procurei o Diego da Prefeitura. Ele disse que o próprio cidadão que tem de olhar isso. Igual eu expliquei pra ele, que somos cidadãos e não temos a autoridade de chegar perto da pessoa que está jogando lixo e multar. [...] Mas ele me respondeu: ‘O senhor não quer que eu vá ficar lá o dia inteiro, uma noite inteira pra isso. Vocês que são cidadãos é que têm de trazer a placa pra gente estar tomando providências”, relatou Antônio de Paula, o diálogo que ele diz ter tido com o fiscal.

O CCO entrou em contato com o fiscal de Posturas Diego Silva. Ele negou que tenha falado com Antônio de Paula da maneira como ele relatou ao jornal. “Em momento algum eu disse que o cidadão é quem tem de fiscalizar. Eu orientei esse senhor a ter um ato de cidadania e, uma vez que ele não viu quem jogou e nós não temos disponibilidade de ficar o dia inteiro, que ele pudesse colaborar conosco e se possível fotografar, ter algo em mãos que prove quem jogou, porque nossa ação será mais eficaz”, disse.

Além disso, Antônio de Paula contou que procurou outros órgãos, a exemplo do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e da Polícia Militar, que disseram não ter responsabilidade no caso. 

O aposentado também informou que crianças estão frequentando o local para catarem brinquedos, o que também o preocupa. “[...] Tem de ter uma Lei, seja ela de onde sair. [...] Já temos lixão, reciclagem, e lá também vai virar outro lixão se não tomarem as providências. [...] Isso aí vai acabar com a cidade, vai acabar nosso bairro Esplanada. Inclusive o Prefeito fez uma entrada bonita lá, mas não adianta. Eles estão “avacalhando” com o lixo. Lá vai muita criança para catar brinquedo, materiais recicláveis. [...] Tem uma nascente d’água lá e a enxurrada está levando plástico, tudo para a nascente”, conta.

Segundo Diego Silva, a atitude adotada pelo setor de Posturas não é apenas a de punir, mas de fazer o cidadão que descarta lixo em local inadequado recolher o material. “Quando as pessoas vêm na Prefeitura e denunciam, elas, em grande maioria, não torcem para que o problema seja resolvido, torcem para que a pessoa seja punida”, opina e acrescenta: “O que fazemos é muito simples: descartou lixo em local inadequado, procuramos saber quem foi e fazemos uma advertência verbal para que o lixo seja recolhido. Caso o material não seja recolhido, notificamos por escrito, damos prazo de até três horas para que o lixo seja recolhido e caso a solicitação não seja atendida, o cidadão é multado e pode ser registrado um boletim de ocorrência junto à Polícia Militar de Meio Ambiente referente ao fato. Nós não nos ausentamos de nosso serviço, mas precisamos da ajuda da população para podermos fiscalizar”, concluiu o fiscal.