Moradora do Mangabeiras fala das necessidades dos moradores

Moradora do Mangabeiras fala das necessidades dos moradores

Ao subirmos pela avenida Magalhães Pinto, tendo o centro como ponto de partida, o Mangabeiras fica lá no alto, à esquerda. Uma rua longa asfaltada, a “Antônio Pereira Cardoso”, percorre todo o bairro. Logo no início tem uma auto estufa.  

O CCO conversou com uma das primeiras moradoras, Maria Laura Silva de Morais, 62 anos. Ela disse que quando chegou lá, há 30 anos, não havia calçamento. “Era terra vermelha batida, não tinha água, nem energia. A gente improvisava”. 

Maria lembra que eram apenas mais uns quatro moradores, além da família dela. “Havia mais construções, mas não tinha mais moradores ainda”, explica e diz que, “com muito custo”, conseguiram, na Prefeitura, que o caminhão pipa enchesse as caixas”. 

Segundo ela, o bairro só recebeu calçamento por volta de 2010. Já o asfaltamento foi feito há aproximadamente cinco anos.

Não se vê muito lixo nas ruas, mas em vários pontos estão acumulados entulhos e restos de materiais de construção, bem acomodados em calçadas, mas que acabam “poluindo” a imagem do ambiente. Moradores já solicitaram o recolhimento, na Prefeitura, mas não tiveram sucesso. O pedido não foi atendido. Também tem áreas que precisam de capina. 

O CCO esteve no bairro no final da tarde de quarta-feira (12). Havia poucas pessoas nas ruas e alguns estavam chegando do trabalho. 


Sem creche, sem PSF, sem quadra esportiva

No bairro não tem PSF (Programa de Saúde Familiar). Os moradores são atendidos na unidade  do bairro Esplanada. “É muito longe!”, comentou Maria, referindo-se às dificuldades para levar idosos e crianças. Também não tem creche, sendo que as mais próximas são as do bairro São Vicente (Comunidade Os Pequeninos de Deus e “Maria da Glória”).

Maria falou da necessidade de uma quadra para prática de esportes. As crianças e os jovens da região frequentam a do bairro Brasília, correndo riscos ao passarem pela avenida Magalhães Pinto, que é sempre movimentada.

O que vimos no bairro, de serviço público, foi apenas uma “Academia Popular”, no final da rua Antônio Pereira Cardoso. 


Comércio 

Os moradores contam com duas mercearias (do “Claudinho” e do “Wilmar”) e uma auto estufa. Não tem açougue, nem varejão, nem farmácia, sendo necessário ir até a parte central da avenida Magalhães Pinto ou no bairro Brasília. 


O que tem de bom?

Maria Morais respondeu logo: “A vizinhança! É um bairro tranquilo, sem problemas de violência e criminalidade”. 

Continue acompanhando a nossa série Bairros de Arcos. O próximo pode ser o seu!