Ações para resgatar alunos faltosos: resultados na ‘Ilha’ e no ‘Maricota’

No último dia 13, o Portal CCO publicou matéria sobre a segunda onda do programa Busca Ativa, referente ao segundo bimestre letivo de 2023. O projeto é direcionado aos estudantes que apresentaram alto índice de faltas no segundo bimestre. 

Em síntese, o objetivo é resgatar alunos infrequentes, evitando o abandono e a evasão escolar. Para isso, é preciso identificar os estudantes faltosos, mobilizar os responsáveis legais, acionar as redes de assistência (quando necessário) e acolher os alunos que não se sentem pertencentes à comunidade escolar (de acordo com divulgação da Agência Minas, feita em 25 de agosto).

No dia 13 de setembro, o CCO publicou informações sobre o programa referentes às escolas estaduais Vila Boa Vista e “Yolanda Jovino Vaz”. Nesta matéria de hoje (18 de setembro), estão os dados sobre a escola estadual “Dona Maricota Pinto”, que nos enviou as respostas dentro do prazo estipulado (12 de setembro), mas não havíamos visualizado, assim como os dados da escola estadual da Ilha, “José Geraldo de Melo”, cujo contato fizemos nesta segunda-feira (18 de setembro). O CCO cometeu um equívoco na semana passada, quando procuramos pela escola “Almansor de Sousa Rabelo”. A escola estadual da Ilha é a “José Geraldo de Melo”.

Escola estadual “Maricota Pinto”

Na escola estadual “Dona Maricota Pinto”, o Programa Busca Ativa é de responsabilidade de toda a equipe. A unidade informou que neste ano de 2023, tem se empenhado em realizar a Busca Ativa de forma constante e coletiva a partir dos dados enviados pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. “Graças aos esforços conjuntos, conseguimos resgatar um número significativo de alunos que estavam infrequentes. Para isso, utilizamos diferentes estratégias, como telefonemas para os familiares e responsáveis e notificações entregues pelo serviço de mototáxi na residência dos alunos”.

Também relatam a eficácia das redes sociais da escola nesse processo. “Com o objetivo de localizar e interagir com esse público, de forma menos formal, utilizamos caixas de perguntas e enquetes. A partir da interação, o diálogo e aproximação tornam-se possíveis”.

As ações citadas são fundamentais para identificar os motivos da ausência dos estudantes e oferecer o apoio necessário para que retornem à escola. A equipe observou que, em muitos casos, os alunos estão infrequentes devido ao desinteresse pelos estudos ou à busca pelo primeiro emprego. 

No entanto, com a Busca Ativa, estão conseguindo reverter essa situação. A escola informa que dos alunos notificados, cerca de 95% retornaram às aulas e estão engajados novamente no processo educacional.

A direção ressalta que ainda enfrenta desafios, porque possui uma média de 5% de alunos que não retornam por motivos relacionados ao trabalho ou desinteresse pelos estudos. “Apesar disso, estamos empenhados em buscar soluções para incentivar esses estudantes a retomarem seus estudos e oferecer oportunidades que possam conciliar trabalho e educação”.

As respostas foram enviadas pela diretora, Meire Teixeira e pelo vice-diretor, Leonardo Macedo. Eles finalizam com a avaliação: “Estamos orgulhosos dos resultados alcançados até o momento com o Programa Busca Ativa. Acreditamos na importância da educação para transformar vidas e estamos comprometidos em proporcionar um ambiente acolhedor e estimulante para todos os estudantes da Escola Estadual Dona Maricota Pinto”.

A unidade conta com dois turnos, oferecendo os Anos Finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio. A direção comenta que essa estrutura permite atender os alunos de forma adequada, garantindo um ensino de qualidade e acompanhamento pedagógico eficiente.

Escola estadual “José Geraldo de Melo”, da Ilha

Quanto à escola estadual José Geraldo de Melo, situada no Distrito da Ilha, zona rural de Arcos, a professora efetiva e então diretora, Antônia Marlene Teixeira, respondeu ao CCO. Ela afirmou que desde que assumiu a Direção, em 2019, não houve nenhuma evasão. 

Quando necessário, é feita a Busca Ativa de várias formas. Ela mesma vai às residências de alunos faltosos, levando notificações a serem assinadas pelos pais ou responsáveis e que ficam arquivadas na escola em livro próprio. Outro recurso utilizado: a diretora e as especialistas da Educação Básica se comunicam com os pais dos estudantes via WhatsApp após três faltas consecutivas.  Essas ações estão funcionando. A diretora afirma que após essas medidas, os alunos retornam à escola. 

A diretora comenta que as famílias dos estudantes são bastante comprometidas e parceiras da escola. Quando os filhos faltam, entram em contato com a Direção, via WhatsApp, para informar que naquele dia o filho (a) estará impossibilitado de comparecer às aulas. 

Segundo Antônia Marlene, a maioria absoluta dos alunos são moradores da comunidade e fazendas adjacentes. 

Uma informação interessante é que a unidade também tem alguns alunos residentes na zona urbana de Arcos, sendo que muitos deles foram encaminhados por psicólogos, após a pandemia de Covid-19, devido à dificuldade de readaptação dos mesmos em salas com muitos estudantes. “Aqui, além de ser um número pequeno de estudantes em cada turma, são educados, carinhosos, receptivos. Todos os servidores sentem prazer em trabalhar na escola estadual ‘José Geraldo de Melo’, equipe e estudantes nota mil”, afirma Antônia Marlene, acrescentando que há, ainda, alguns alunos que se mudaram para a zona urbana de Arcos e não quiseram se transferir da escola.

Sobre as escolas “Yolanda Jovino Vaz” e “Vila Boa Vista”, leia no link:

https://www.jornalcco.com.br/arcos-desestrutura-familiar-e-panico-alegacoes-para-faltar-de-aula

Conquistas da escola da Ilha desde o 1º mandato de Zema 

A diretora da escola estadual José Geraldo de Melo enfatiza as grandes mudanças desde o início do primeiro mandato do governador Romeu Zema e colaboração ativa do deputado estadual Antônio Carlos Arantes. Ela relata que na escola não havia copos para os estudantes tomarem água, nenhuma xícara para os professores tomarem café, a quadra era descoberta e o piso era cheio de buracos, a sala de informática estava sucateada, na biblioteca não havia o número necessário de prateleiras, não havia toalhas de mesa, as cortinas estavam esfarrapadas e o prédio era constantemente arrombado.

Segundo a diretora, por intermédio de emenda parlamentar do deputado Arantes, o cenário é outro:

 “A quadra foi coberta e o piso refeito e pintado. As contas da Caixa Escolar recebem verbas constantemente para o bom funcionamento da escola, não falta absolutamente nada. A sala de informática equipada com computadores e mobiliário novos e TV 65 polegadas antes inexistente, sistema de vigilância 24 horas, merenda farta e nutritiva, sendo servido todos os dias um delicioso café da manhã para todos os estudantes. Hoje a escola tem tudo aquilo que precisa para atender bem os nossos estudantes e servidores. [...] Venham conhecer este pedacinho do céu na terra chamado E.E. José Geraldo de Melo”, faz o convite e informa que a reforma da escola está prevista para 2024. 

A unidade funciona em dois turnos: Matutino, Ensino Médio com 55 estudantes em três turmas (1º, 2º e 3º anos); Vespertino com fundamental II, 55 estudantes com quatro turmas (6°, 7°, 8° e 9° anos).